Dois turistas morreram afogados, na madrugada desta terça-feira, 15 de julho, na piscina de um aparthotel do concelho de Albufeira, no Algarve, confirmou fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) ao Notícias ao Minuto.
De acordo com a mesma fonte, o alerta foi dado pelas 4h41.
Quando as autoridades chegaram ao local, os corpos dos dois homens, de 27 e 29 anos, estavam no fundo da piscina.
Ainda foram efetuadas manobras de reanimação, mas não foi possível reverter a situação e os óbitos foram declarados no local.
A Polícia Judiciária (PJ) foi chamada ao local, mas não há indícios de crime. Tudo indica que ter-se-á tratado de um acidente.
Os cadáveres foram transportados para o Instituto de Medicina Legal do Algarve, onde serão agora autopsiados.
Segundo a CNN Portugal, que avançou com a notícia, os homens estavam de férias no Algarve com um grupo de amigos.
O acidente terá acontecido depois de regressarem de uma noite de diversão. Ambas as vítimas terão decidido mergulhar na piscina a uma hora em que não havia vigilância.
O alerta foi dado por um amigo que as encontrou já sem vida.
Além da GNR e da PJ, no local estiveram também elementos dos Bombeiros Voluntários de Albufeira e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Excesso de álcool
Já à agência Lusa, a PJ revelou que tudo indica que se trate de um caso de excesso de álcool.
Apesar disso, os inspetores estiveram presentes no local e vão agora ouvir as testemunhas, antes de chegar a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu.
Ano trágico. Só até maio morreram 49 pessoas
Recorde-se que este está a ser um ano trágico a nível de afogamentos em Portugal Continental.
Só até ao fim de maio, 49 pessoas morreram afogadas, o terceiro valor mais alto desde 2017, apenas superado por 2024 (58) e 2022 (52) no mesmo período, segundo dados do relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS)
De acordo com a federação, a maior parte das mortes ocorridas nos cinco primeiros meses do ano sucederam no rio (22), seguido no mar (19), poço (05), aqueduto (01), piscina pública (01) e piscina privada (01).
A maioria das pessoas que morreram por afogamento eram homens (64,3%) com idades entre os 25 e os 29 anos.
A Federação destaca igualmente que a maioria dos afogamentos foram em locais não vigiados e não presenciados.
Quanto à distribuição geográfica, 25% dos casos aconteceram no distrito do Porto, 17,9% em Lisboa e 10,7% em Aveiro.
Na mesma nota, enviada às redações, a FEPONS alertou para a importância de reforçar as medidas de prevenção e educação para o risco aquático, especialmente com a aproximação do verão, período historicamente mais crítico.
"Reforçamos o apelo a comportamentos seguros junto da água, à vigilância adequada dos espaços balneares e à presença de nadadores salvadores qualificados", salientaram.
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