Traficantes afiliados aos hutis vendem armas no X e no WhatsApp

Várias armas aparecem identificadas como propriedade do governo dos Estados Unidos ou da NATO.

Armas redes sociais

© @TTP_updates

Carolina Pereira Soares
16/07/2025 08:34 ‧ ontem por Carolina Pereira Soares

Mundo

Médio Oriente

Traficantes de armas afiliados a militantes dos hutis (grupo militar islâmico do Iémen apoiado pelo Irão) estão a usar o X e o grupo Meta (dono do Facebook, WhatsApp e Instagram) para traficar armas.

 

Numa imagem publicada pelo Projeto de Transparência Tecnológica, baseado em Washington DC, é possível ver uma arma identificada como “propriedade do governo dos Estados Unidos”. Mas o relatório, publicado pelo mesmo projeto, diz ter encontrado armas também com o carimbo da NATO. 

O esquema, em alguns casos, já dura há vários anos. Os traficantes põe as armas à venda nas zonas comerciais das redes sociais e assim fazem o negócio, sem aparente impedimento das empresas responsáveis. Tanto no X como na Meta é proibida a venda de armas, e apesar de muitas das contas encontradas serem premium ou de negócios (as quais estão sujeitas a uma vigilância mais apertada, supostamente) continuam no ativo.

Ao The Guardian a diretora do Projeto de Transparência Tecnológica diz que tanto o X como o WhatsApp têm regras contra o uso de armas, e mesmo assim continuam a “permitir que traficantes ligados a grupos considerados terroristas pelos Estados Unidos permaneçam nas suas plataformas. Em alguns casos estas empresas podem estar a lucrar com a violação das suas próprias políticas, que criam riscos para a segurança nacional norte-americana.”

No X, mais de metade das contas encontradas, listam a sua localização em Sanaa, a capital do Iémen, e muitas partilham frequentemente conteúdo pró-huti. Pelo menos, três contas interagiram diretamente com uma publicação de Elon Musk (dono do X) a publicitar as próprias armas.

Só no antigo Twitter, o relatório diz ter encontrado 130 contas ativas; no WhatsApp outras 67. Vendem de tudo um pouco: de espingardas a lançadores de granadas. Os compradores continuam uma incógnita, mas tendo em conta os preços elevados das armas, algumas a alcançar os quase 10 mil euros, é provável que se tratem de outros militantes dos hutis.

Leia Também: Ataques com 'drones' atingem 3 campos petrolíferos no Curdistão iraquiano

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