"Não só sobreviveu, como ajudou." Espião dos EUA recebe passaporte russo

Daniel Martindale fez-se passar por missionário durante dois anos, até que o ano passado foi retirado de Donetsk pelas tropas russas. A informação que passou aos serviços secretos ajudou o Kremlin, dado que se tratou de informações sobre militares ucranianos.

Daniel Martindale

© MinisterBoomer/ X (antigo Twitter)

Notícias ao Minuto
15/07/2025 17:11 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Um norte-americano que espiou para Moscovo recebeu, esta terça-feira, a cidadania russa, numa cerimónia que foi gravada, e cujas imagens mostram o homem, Daniel Martindale, a receber o passaporte.

 

De acordo com as publicações internacionais, o homem, Daniel Martindale, agradeceu na cerimónia à Rússia "por terem-no aceitado" e apontou que tornar-se um cidadão russo "é um sonho."

"A Rússia não é apenas a minha casa, mas também a minha família", afirmou no vídeo divulgado por Moscovo.

Segundo o que explicam as publicações internacionais, Martindale chegou à Ucrânia em 2022, pouco antes da invasão do Kremlin, e com a intenção de chegar à região de Donetsk. Segundo o homem contou a bloggers pró-russos, foi até ao país sozinho e depois terá contactado os serviços secretos russos por sua iniciativa. Do 'lado de lá', disseram-lhe que ficasse em Vuhledar, à espera que as forças russas chegassem.

De acordo com o que Martindale explicou, ele manteve-se na cidade da região de Donetsk, pró-russa, e foi informando os serviços secretos russos das posições de militares ucranianos.

Fingiu ser um missionário no local e no outono de 2024 foi retirado pelas tropas russas quando esta invadiram a cidade.

"Passou mais de dois anos em território controlado pelo inimigo. E não só sobreviveu, como ajudou. Apoiou as nossas forças, passou informação importante aos nossos serviços especiais, arriscou a sua vida", explicou Denis Pushilin, responsável pela parte ocupada da Ucrânia, na cerimónia desta terça-feira, acrescentando que não só Martindale provou a sua lealdade, "como também é um dos russos."

Segundo alguns jornalistas ucranianos, há provas que sugerem que o homem pode ter sido recrutado por Moscovo, já que ele visitou a Rússia entre 2016 e 2019, tendo também tirado alguns cursos.

Já durante a retirada de Martindale da Ucrânia, foi também publicado um vídeo no Telegram onde ele aparecia a dizer que os solados russos "arriscaram a vida para evacuar a aldeia" onde este viveu durante anos.

A Ucrânia realiza ataques aéreos quase diários contra a Rússia, enquanto as forças russas também continuam a bombardear cidades ucranianas, no âmbito da ofensiva russa contra a Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022.

Leia Também: "Volodymyr, podes atingir Moscovo?", terá perguntado Trump a Zelensky

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