"A Síria considera Israel totalmente responsável por esta perigosa escalada e pelas consequências", referiu, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que os alvos atacados por Telavive se tratavam de "instituições governamentais e civis".
A Síria afirma o direito de "defender o território e o povo por todos os meios garantidos pelo direito internacional", acrescentou na mesma nota.
Israel realizou durante o dia vários ataques na capital e no sul da Síria, afirmando serem em defesa da minoria drusa no país.
O Ministério do Interior da Síria anunciou esta tarde um novo cessar-fogo em Sweida, no sul do país, depois de o primeiro, anunciado na terça-feira, não ter sido respeitado.
A violência em Sweida causou mais de 300 mortes desde domingo, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental (ONG) com sede em Londres e uma vasta rede de contactos em toda a Síria.
Um balanço anterior indicava 248 mortos.
Segundo o OSDH, 69 combatentes drusos e 40 civis drusos foram mortos, "27 deles executados sumariamente" por membros das forças governamentais.
Além disso, 165 membros das forças governamentais e 18 combatentes beduínos, bem como 10 membros das forças de segurança do governo , foram mortos em ataques israelitas, acrescentou.
Em Israel, os drusos são vistos como uma minoria leal e muitas vezes servem nas forças armadas.
A tensão aumentou depois dos confrontos inter-religiosos, em abril, entre combatentes drusos e forças de segurança nas zonas drusas, perto de Damasco e em Sweida, que fizeram mais de 100 mortos.
Membros de tribos beduínas sunitas de Sweida participaram nos confrontos juntamente com as forças de segurança.
Com cerca de 700.000 habitantes, a província de Sweida alberga a maior comunidade drusa do país, uma minoria esotérica do Islão xiita.
As tensões entre drusos e beduínos são antigas e a violência irrompe esporadicamente entre os dois lados.
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