"Volodymyr, podes atingir Moscovo?", terá perguntado Trump a Zelensky

Financial Times noticiou que Donald Trump perguntou a Volodymyr Zelensky se a Ucrânia podia atacar Moscovo, segundo fontes conhecedoras de um telefonema privado entre os dois presidentes.

donald trump, volodymyr zelensky

© Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS

Notícias ao Minuto com Lusa
15/07/2025 15:12 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá questionado o seu homólogo ucraniano,  Volodymyr Zelensky, sobre a possibilidade de a Ucrânia "atingir" Moscovo e São Petersburgo, avança esta terça-feira o Financial Times, que cita várias fontes informadas sobre este telefonema privado.

 

"Volodymyr, podes atingir Moscovo? Podes atingir São Petersburgo também?", perguntou Trump, num telefonema de 4 de julho com Zelensky, um dia depois de conversar também com o presidente russo, Vladimir Putin.

O Financial Times sublinhou que esta questão foi colocada para encorajar o lado ucraniano a intensificar os ataques à Rússia e forçar o Kremlin a sentar-se à mesa das negociações para chegar a uma solução para o conflito iniciado em fevereiro de 2022.

Zelensky terá respondido positivamente, aproveitando para pedir apoio militar: "Absolutamente. Podemos fazê-lo se nos derem as armas". 

Kremlin nega

O Kremlin classificou já como "mentira" as declarações do presidente norte-americano dirigidas ao homólogo ucraniano. 

"Esta retórica não é nova. Geralmente, acabam por ser mentira", comentou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa diária por telefone, em reação à notícia do Financial Times.

Esta notícia, note-se, surge depois de, na segunda-feira, Donald Trump ter feito à Rússia um ultimato de 50 dias para pôr fim à ofensiva na Ucrânia, lançada em 2022, sob pena de sanções severas, e afirmou que os equipamentos militares, pagos por países europeus membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), seriam enviados para a Ucrânia.

Depois de ter multiplicado os sinais de aproximação com Putin, Trump mudou de tom, mostrando a sua frustração. O líder dos Estados Unidos afirmou estar "dececionado" com o homólogo russo, que recusou as propostas de cessar-fogo.

"Pensei que teríamos um acordo há dois meses, mas isso não parece concretizar-se", afirmou Trump, na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

O Kremlin afirmou que continua disposto a negociar com a Ucrânia, mas precisa de tempo face às declarações do presidente norte-americano.

"As declarações do Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump são muito sérias. Parte delas foram dirigidas pessoalmente a [o homólogo russo, Vladimir] Putin. É claro que precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington. Se ou quando o Presidente Putin considerar necessário, ele comentará", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas. 

"Parece que esta decisão tomada em Washington, nos países da NATO e diretamente em Bruxelas será vista por Kyiv não como um sinal a favor da paz, mas como um sinal para continuar a guerra", criticou Peskov.

O porta-voz do Kremlin afirmou que a Rússia aguarda "propostas da parte ucraniana" relativas a uma terceira ronda de negociações, após duas sessões pouco frutíferas em Istambul.

Antes, o vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, já tinha comentando as declarações de Trump e desvalorizou, dizendo que a Rússia "não se importa". 

Trump ameaçou e Moscovo já respondeu:

Trump ameaçou e Moscovo já respondeu: "A Rússia não se importa"

Trump deu prazo de 50 dias à Rússia e ameaçou com "tarifas muito severas". Dmitry Medvedev fala num "ultimato teatral" e diz que Moscovo "não se importou" com as ameaças.

Notícias ao Minuto com Lusa | 07:56 - 15/07/2025

Desde o regresso à Casa Branca, em janeiro, Trump tem tentado pressionar Moscovo e Kyiv a chegar a um acordo de paz.

Durante a campanha eleitoral, Trump garantiu que poderia pôr fim ao conflito muito rapidamente, sem nunca explicar como o faria.

Leia Também: Trump ameaçou e Moscovo já respondeu: "A Rússia não se importa"

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