Nas últimas semanas, o Iraque foi palco de uma série de ataques com 'drones' e foguetes não reivindicados. As agressões de hoje elevam para cinco o número de campos petrolíferos atingidos no Curdistão numa semana.
"Às 06h00 e 06h15 [04h00 e 04h15 em Lisboa], dois 'drones' carregados com explosivos atacaram" o campo petrolífero de Pechkabir, explorado pelo grupo petrolífero norueguês DNO, e às 07h00 (05h00 em Lisboa), um 'drone' semelhante atingiu o campo de Tawke, no distrito de Zakho, informaram os serviços de combate ao terrorismo do Curdistão.
Outro ataque às 07h14 (05h14) teve como alvo um campo petrolífero gerido pelos Estados Unidos na província de Dohuk. Não foram registadas vítimas.
Há muito tempo assolado por conflitos, o Iraque enfrenta frequentemente episódios deste género, muitas vezes relacionados com lutas de influência por procuração entre Irão, Estados Unidos e o aliado Israel.
Esses ataques também ocorrem num momento em que as tensões entre Bagdade e Erbil sobre as exportações de petróleo se agravam, com um importante oleoduto que atravessa a Turquia fechado desde 2023 devido a disputas jurídicas e problemas técnicos.
As agressões de hoje ocorreram um dia após outro ataque com um 'drone' carregado de explosivos, que levou à suspensão das atividades no campo petrolífero de Sarsang, em Duhok, explorado pela empresa norte-americana HKN Energy.
Na segunda-feira, um 'drone' foi abatido perto do aeroporto de Erbil, enquanto outros dois atingiram o campo petrolífero de Khourmala, na mesma província, causando danos materiais.
O Curdistão iraquiano apresenta-se como uma área com estabilidade num Iraque instável, atraindo investidores estrangeiros graças às estreitas relações com Estados Unidos e países europeus.
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