ONU denuncia morte de mais de 500 trabalhadores humanitários em Gaza

Mais de 500 trabalhadores humanitários morreram em Gaza desde a "escalada das hostilidades", disse hoje Ramesh Rajasingham, chefe do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), ao Conselho de Segurança.

OCHA representative carries out a working visit in Goma

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Lusa
10/08/2025 17:29 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Um marco sombrio foi ultrapassado na comunidade humanitária", declarou o responsável ao participar na reunião extraordinária do Conselho de Segurança convocada pelos seus membros europeus, Reino Unido, França, Dinamarca, Grécia e Eslovénia, para discutir o novo plano de Israel para a ocupação militar na Palestina.

 

O representante do OCHA declarou-se "extremamente preocupado com o conflito prolongado e o aumento do custo humano que provavelmente ocorrerá após a decisão do governo israelita de expandir as suas operações militares em Gaza".

Israel planeia deslocar todos os civis da Cidade de Gaza até 07 de outubro de 2025, afetando quase 800 mil pessoas, alertou Miroslav Jenca, subsecretário-geral da ONU para a Europa, Ásia Central e Américas, citando relatos dos meios de comunicação israelitas.

O responsável alertou para os riscos após a notícia, na sexta-feira, de que o Gabinete de Segurança israelita endossou um plano militar do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza, no norte do enclave.

"A última decisão do Governo israelita ameaça iniciar outro capítulo terrível neste conflito, com potenciais consequências para além de Israel e do território palestiniano ocupado", disse Miroslav Jenca no seu discurso.

Enquanto decorria a reunião extraordinária, Benjamin Netanyahu garantiu numa conferência de imprensa em Jerusalém que Israel lançará "muito em breve" a sua ofensiva contra a Cidade de Gaza e os campos de refugiados no centro e sul do enclave, que considera os dois últimos bastiões do Hamas na Faixa de Gaza.

O embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, afirmou na sexta-feira que mais de 60 mil palestinianos, "a maioria crianças e mulheres", foram mortos desde 7 de outubro de 2023.

Leia Também: "Se houver dois poderes regionais no Médio Oriente, um deve ser o Irão"

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