"Dada a insistência de Netanyahu em prosseguir este genocídio, destruindo o nosso povo através da morte e da deslocação, anexando o nosso território, destruindo a Palestina e qualquer hipótese de paz, este Conselho deve agir", declarou Riyad Mansour, no seu discurso.
A reunião extraordinária, convocada pelos membros europeus do Conselho, terminou depois de quatro dos seus membros permanentes --- Rússia, China, França e Reino Unido --- terem questionado o plano de Israel, enquanto o outro membro, os Estados Unidos, defendeu o "direito" do Governo israelita de decidir "o que é necessário" para a sua segurança.
Riyad Mansour assegurou que "Israel está a matar a Palestina em Gaza", onde, afirmou, mais de dois milhões de pessoas sofrem "dor e agonia" que nenhum ser humano ou nação deveria ter de suportar.
"Devemos a essas pessoas agir agora para impedir este genocídio", comentou.
O diplomata palestiniano acusou Israel de prolongar a guerra "não para desarmar o Hamas", mas para "impedir um Estado palestiniano independente".
Ao mesmo tempo que decorria a reunião do Conselho de Segurança, o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, garantia em conferência de imprensa em Jerusalém que Israel lançará "muito em breve" a sua ofensiva contra a Cidade de Gaza e os campos de refugiados no centro e sul do enclave, que considera os dois últimos bastiões do Hamas na Faixa de Gaza.
Na ONU, o representante permanente adjunto de Israel, Jonathan Miller, afirmou que o seu país "não tem planos nem vontade de ocupar Gaza de forma permanente".
Enquanto a representante dos Estados Unidos, Dorothy Shea, acusou outros países de "espalharem mentiras" sobre Israel, denunciando que é "categoricamente falso" que esteja a ocorrer um genocídio em Gaza.
Riyad Mansour afirmou na sexta-feira que, desde a incursão de 7 de outubro de 2023, na qual o Hamas matou pelo menos 1.200 pessoas em Israel, o exército israelita matou mais de 60.000 palestinianos, "a maioria crianças e mulheres".
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