Palestina pede à ONU para travar o genocídio em Gaza

O embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, apelou hoje para se "travar o genocídio", na reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir o plano do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar de Gaza.

UN Security Council holds emergency meeting on Israeli-Palestinian conflict

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Lusa
10/08/2025 20:04 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Dada a insistência de Netanyahu em prosseguir este genocídio, destruindo o nosso povo através da morte e da deslocação, anexando o nosso território, destruindo a Palestina e qualquer hipótese de paz, este Conselho deve agir", declarou Riyad Mansour, no seu discurso.

 

A reunião extraordinária, convocada pelos membros europeus do Conselho, terminou depois de quatro dos seus membros permanentes --- Rússia, China, França e Reino Unido --- terem questionado o plano de Israel, enquanto o outro membro, os Estados Unidos, defendeu o "direito" do Governo israelita de decidir "o que é necessário" para a sua segurança.

Riyad Mansour assegurou que "Israel está a matar a Palestina em Gaza", onde, afirmou, mais de dois milhões de pessoas sofrem "dor e agonia" que nenhum ser humano ou nação deveria ter de suportar.

"Devemos a essas pessoas agir agora para impedir este genocídio", comentou.

O diplomata palestiniano acusou Israel de prolongar a guerra "não para desarmar o Hamas", mas para "impedir um Estado palestiniano independente".

Ao mesmo tempo que decorria a reunião do Conselho de Segurança, o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, garantia em conferência de imprensa em Jerusalém que Israel lançará "muito em breve" a sua ofensiva contra a Cidade de Gaza e os campos de refugiados no centro e sul do enclave, que considera os dois últimos bastiões do Hamas na Faixa de Gaza.

Na ONU, o representante permanente adjunto de Israel, Jonathan Miller, afirmou que o seu país "não tem planos nem vontade de ocupar Gaza de forma permanente".

Enquanto a representante dos Estados Unidos, Dorothy Shea, acusou outros países de "espalharem mentiras" sobre Israel, denunciando que é "categoricamente falso" que esteja a ocorrer um genocídio em Gaza.

Riyad Mansour afirmou na sexta-feira que, desde a incursão de 7 de outubro de 2023, na qual o Hamas matou pelo menos 1.200 pessoas em Israel, o exército israelita matou mais de 60.000 palestinianos, "a maioria crianças e mulheres".

Leia Também: "Se houver dois poderes regionais no Médio Oriente, um deve ser o Irão"

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