Um jovem, de 25 anos, ficou em estado grave, depois de sofrer um golpe de calor, no sábado, quando se encontrava no metro de Madrid, em Espanha.
Um porta-voz das Emergências de Madrid revelou que a ocorrência teve lugar em Fuencarral, na estação Herrera Oria, linha 9 do Metro de Madrid.
Os meios de emergência foram chamados para assistir um homem, que se tinha sentido mal na estação e que foi levado pelo pessoal de segurança para a rua. O jovem estava desorientado e com uma temperatura corporal de 41,9 graus.
Foram iniciadas, de imediato, medidas para tentar baixar a temperatura corporal com soro, mantas frias e placas de gelo.
O jovem foi estabilizado e entubado, sendo depois transferido com prognóstico grave para o Hospital Universitário de La Paz.
#Golpedecalor en Ginzo de Limia, #Fuencarral. @SAMUR_PC atiende a un joven con una temperatura superior a los 41ºC.
— Emergencias Madrid (@EmergenciasMad) August 9, 2025
Se han aplicado medidas activas para bajarla como sueros, manta fría o placas de hielo.
Intubado y trasladado grave a La Paz.
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Mais de mil mortes em Espanha atribuídas à onda de calor de julho
Note-se que, à semelhança de Portugal, Espanha tem enfrentado uma nova vaga de calor que colocou quase todo o território sob aviso devido ao tempo quente.
Segundo a imprensa espanhola, que cita dados da Agência Meteorológica Nacional (Aemet), a temperatura média no país será, este domingo, de 35 graus, amplamente superada em algumas zona do sul e nas Canárias, onde os termómetros chegam aos 40 graus.
Em julho, o país já tinha enfrentado uma grave onda de calor, acreditando-se que deverá ter provocado mais de mil mortes, segundo o Ministério da Saúde espanhol. Este número representa um aumento de mais de 50% face ao mesmo período de 2024.
O número exato de 1.060 mortes representa "mais 57% do que no ano passado", informou o ministério nas redes sociais, com base nas estimativas de um sistema chamado 'Momo' (Monitorização da Mortalidade).
Esta ferramenta, gerida pelo Instituto Carlos III, regista diariamente o número de mortes em Espanha e compara com a mortalidade esperada com base em dados históricos.
Em seguida, incorpora fatores externos que podem explicar essa diferença, nomeadamente as altas temperaturas reportadas pela Aemet. O sistema não pode estabelecer causalidade absoluta entre as mortes registadas e as condições meteorológicas, mas os números representam a melhor estimativa do número de mortes cujas causas estão relacionadas com o calor.
Em julho de 2024, o número de pessoas cujas mortes, segundo estes critérios, podiam ser atribuídas ao calor extremo era de 674. Este número aumentou para 1.271 no mês seguinte.
"O Ministério da Saúde está a fazer campanhas sobre as vagas de calor e a importância de nos protegermos (...) porque consideramos que é um dos fatores de risco com maior impacto na mortalidade neste contexto", disse a ministra da Saúde, Monica García, numa entrevista divulgada pela rádio nacional (RNE) na terça-feira.
Segundo os especialistas, o aquecimento global explica porque é que as vagas de calor são cada vez mais frequentes, longas e intensas.
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