ONU denuncia aumento de agressões a mulheres no Afeganistão

Uma organização das Nações Unidas alertou hoje para a deterioração dos direitos humanos no Afeganistão nos últimos meses, com o aumento de restrições às mulheres, à liberdade de expressão e à violência contra ex-funcionários.

afegãs, afeganistão

© SANAULLAH SEIAM/AFP via Getty Images

Lusa
10/08/2025 18:30 ‧ há 2 horas por Lusa

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A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) lamentou hoje que as mulheres e as meninas só possam estudar até ao 6.º ano e criticou também o reforço da obrigação de usar o lenço ou 'hijab', havendo regiões onde as mulheres estão impedidas de entrar nos mercados e nos transportes públicos sem um 'chador'.

 

Citado pela agência de notícias espanhola EFE, no relatório refere-se também os casos de mulheres sem acesso a vários serviços por não estarem acompanhadas por um tutor masculino, conta histórias de outras mulheres impedidas de entrar em parques públicos.

Também existem mulheres com formação na área da saúde que foram confrontadas com obstáculos laborais, como a obrigatoriedade de apresentação de um "cartão mahram" - autorizado pelo tutor masculino - para trabalhar.

A violência de género é outro dos crimes apontados pelas Nações Unidas, que lembram que em abril foram documentadas execuções públicas e castigos corporais, além de detenções arbitrárias, torturas e assassínios de ex-membros da segurança, apesar da amnistia.

A liberdade de expressão também continua limitada em várias províncias, onde há censura de imagens, de conteúdo político, de encontros poéticos e de redes sociais, refere a EFE, acrescentando que um meio de comunicação ligado aos talibãs classificou como "inimigos do Islão" aqueles que informam sobre direitos humanos.

Num relatório anterior, a UNAMA já tinha sublinhado que os repatriados, especialmente mulheres, ex-funcionários, ativistas e jornalistas, sofrem prisões arbitrárias e maus-tratos, tendo instado a comunidade internacional a impedir deportações sem avaliações de risco.

Leia Também: Subnutrição? Afeganistão regista "aumento mais acentuado de sempre"

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