Governo brasileiro acusa EUA de "novo ataque frontal à soberania" do país

O Governo brasileiro classificou hoje as declarações de um governante norte-americano como "um novo ataque frontal à soberania brasileira" ao acusar o juiz do processo do ex-presidente Jair Bolsonaro de destruir a relação entre os dois países.

First plenary session of the 55th OAS General Assembly

© Lusa

Lusa
10/08/2025 20:17 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Brasil

Em causa estão as palavras do subsecretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, que na rede social X acusou no sábado o magistrado Alexandre de Moraes de destruir "a histórica relação de proximidade" entre os dois países.

 

O encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, foi chamado na sexta-feira de manhã para uma conversa com o governo em que a diplomacia brasileira terá mostrado o seu desagrado com as publicações.

Uma fonte do governo revelou à agência de notícias espanhola EFE que, durante a reunião com Gabriel Escobar convocada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o governo de Lula da Silva expressou a "total rejeição às repetidas interferências do governo norte-americano nos assuntos internos do Brasil".

Segundo a mesma fonte, o governo brasileiro garante que voltará a manifestar o seu desagrado "sempre que for atacado com falsidades como as da publicação" de Landau, acrescentando que "a democracia brasileira, que recentemente derrotou uma tentativa de golpe de Estado, não se curvará diante de pressões, venham elas de onde vierem".

O magistrado Alexandre de Morais é o instrutor do julgamento contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que o governo dos Estados Unidos considera ser uma "caça às bruxas", um argumento usado por Donald Trump para aplicar uma série de sanções contra o Brasil, como foi o caso das tarifas adicionais de 50 % sobre parte das importações brasileiras.

O governo de Trump incluiu ainda o magistrado na "Lei Magnitsky", que permite sancionar funcionários estrangeiros por violações dos direitos humanos.

Bolsonaro governou o Brasil entre 2019 e 2022, coincidindo durante dois anos com o primeiro mandato de Trump (2017-2021) e é acusado de ter planeado, juntamente com chefes militares e ex-ministros, vários planos para impedir a posse de Lula após a vitória do líder progressista nas eleições de outubro de 2022.

Na passada segunda-feira, Bolsonaro foi detido em prisão domiciliária por ordem do Supremo Tribunal, devido ao incumprimento das ordens cautelares.

Leia Também: Kremlin revela: Lula expressou a homólogo russo apoio a esforços para paz

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas