"Vamos organizar a partir de sexta-feira, em estreita associação com as autoridades jordanas, quatro voos com 10 toneladas de víveres cada um para a Faixa de Gaza", declarou Jean-Noël Barrot, na BFMTV.
"A maior precaução vai ser tomada para garantir a segurança das populações durante estas operações", tinha dito antes uma fonte diplomática.
"A via aérea é útil, mas é insuficiente", acrescentou o ministro, solicitando a reabertura do acesso terrestre ao território palestiniano submetido a um bloqueio pelos militares israelitas.
"Recordo que 52 toneladas de frete humanitário francês continuam bloqueadas em Al-Arish (no Egito), a pouco quilómetros da Faixa de Gaza.
"É indispensável que as autoridades israelitas consintam em reabrir o acesso terrestre à Faixa de Gaza de maneira suficientemente significativa para aliviar o sofrimento atroz das populações civis", declarou o ministro, que falava em Nova Iorque, onde participa e uma conferência ministerial da ONU sobre a solução dos dois Estados.
A ONU alertou no domingo para os "níveis alarmantes" de má nutrição dos cerca de 2,4 milhões de palestinianos que estão cercados na Faixa de Gaza pelos militares israelitas.
Na terça-feira, um organismo internacional de observação da fome apoiado pela ONU afirmou que "o pior cenário da fome está em curso em Gaza".
Na segunda-feira, o chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que a Alemanha ia organizar, com a Jordânia, uma "ponte aérea de bens humanitários para Gaza".
O Reino Unido anunciou que procedeu hoje à primeira largada de ajuda.
Também Donald Trump anunciou na segunda-feira a instalação em breve pelos EUA de centros de distribuição alimentar na Faixa de Gaza, onde, ao contrário de Benjamin Netanyahu, diz haver sinais de uma "fome verdadeira".
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