Polícia morto no ataque em Nova Iorque era imigrante. Esposa está grávida

Didarul Islam, o polícia de 36 anos que morreu num tiroteio que vitimou quatro outras pessoas, incluindo o atirador, na segunda-feira, era imigrante do Bangladesh. A esposa está grávida do terceiro filho.

Didarul Islam

© NYPD

Notícias ao Minuto com Lusa
29/07/2025 10:32 ‧ há 11 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

O polícia que morreu num tiroteio que vitimou quatro outras pessoas, incluindo o atirador, num arranha-céus no centro de Nova Iorque, na segunda-feira, era imigrante do Bangladesh e foi considerado “um herói”.

 

Didarul Islam, de 36 anos, era casado e tinha dois filhos pequenos. Aliás, a esposa está grávida do terceiro filho, de acordo com a comissária da Polícia de Nova Iorque, Jessica Tisch.

"Colocou-se em perigo. Fez o derradeiro sacrifício – foi morto a sangue frio", disse a responsável, citada pela agência Reuters.

O agente da autoridade estava a trabalhar num serviço de segurança pago no edifício quando o tiroteio ocorreu. Tisch detalhou que estes serviços permitem que “as empresas contratem agentes fardados para garantir segurança adicional”.

“Morreu como viveu – como um herói”, complementou, citada pela BBC.

A Polícia de Nova Iorque divulgou uma fotografia do agente, na rede social X (Twitter), tendo considerado que “representava o melhor do [seu] departamento”.

“Estava a proteger os nova-iorquinos do perigo quando a sua vida foi tragicamente interrompida. Juntamo-nos em oração durante este período de dor incompreensível. Honraremos para sempre o seu legado”, lê-se.

O autarca de Nova Iorque, Eric Adams, detalhou ainda que Islam era veterano daquele departamento há três anos e meio.

"Perdemos quatro almas devido a outro ato de violência armada sem sentido, incluindo um membro do Departamento de Polícia de Nova Iorque, o agente Islam. Ele estava a salvar vidas, estava a proteger os nova-iorquinos. Ele amava esta cidade e todas as pessoas com quem falámos afirmaram que era uma pessoa de fé e uma pessoa que acreditava em Deus. Disse-lhes que era um herói e que o admirávamos por ter posto a sua vida em risco", disse, em conferência de imprensa.

Além dos quatro mortos, um dos trabalhadores da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL) ficou gravemente ferido no ataque, encontrando-se hospitalizado, mas estável.

Saliente-se que os serviços de emergência foram chamados por volta das 18h00 (22h00 de segunda-feira em Lisboa) para uma ocorrência no bairro nova-iorquino Midtown Manhattan.

As câmaras de vigilância filmaram um homem a sair de um carro preto, armado com uma espingarda de assalto M-4. O suspeito entrou no edifício e começou a disparar contra o agente da polícia, antes de "alvejar quem estava no átrio", relatou a chefe da polícia de Nova Iorque, Jessica Tisch.

De acordo com a responsável, o agressor tinha visivelmente decidido atacar o 345 Park Avenue, um grande edifício de escritórios que abriga as instalações da NFL, da gigante financeira Blackstone e da empresa de consultoria e auditoria KPMG.

Tisch disse acreditar que o suspeito, natural de Las Vegas, agiu sozinho.

"Estudem o meu cérebro". Atirador de Nova Iorque alegou ter ETC (em nota)

O jovem que matou quatro outras pessoas, incluindo um polícia, num arranha-céus no centro de Nova Iorque, na segunda-feira, foi encontrado com um bilhete de suicídio, no qual dizia ter encefalopatia traumática crónica (ETC).

Notícias ao Minuto com Lusa | 09:10 - 29/07/2025

Vários meios de comunicação, incluindo a CNN e o New York Post, publicaram uma fotografia de um homem de bigode a caminhar sozinho na rua com uma espingarda na mão direita, com óculos escuros e um casaco escuro.

Muito rapidamente, após o ataque, centenas de polícias, alguns com coletes à prova de bala, e várias ambulâncias chegaram ao local, observou um jornalista da agência France-Presse.

Com mais armas de fogo em circulação do que habitantes, os Estados Unidos apresentam a taxa de mortalidade por arma de fogo mais elevada de todos os países desenvolvidos.

Os ataques a tiro são um flagelo recorrente, que sucessivos governos federais e estaduais não conseguiram até agora conter, com o direito privado ao uso e porte de arma jogado como trunfo político recorrentemente.

Em 2024, mais de 16.000 pessoas, sem contar os suicídios, foram mortas por armas de fogo, de acordo com a ONG Gun Violence Archive.

Em dezembro, Brian Thompson, o chefe da maior seguradora de saúde do país, a UnitedHealthcare, foi assassinado na rua no mesmo bairro em que ocorreu o incidente de hoje.

Luigi Mangione, um jovem engenheiro informático, foi detido e acusado no âmbito desse caso. Em abril, Mangione declarou-se inocente de homicídio perante um tribunal federal de Manhattan.

Leia Também: "Estudem o meu cérebro". Atirador de Nova Iorque alegou ter ETC (em nota)

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