Os investigadores acreditam que o atirador, Shane Tamura, estava a tentar chegar aos escritórios da NFL depois de disparar contra várias pessoas no átrio do edifício, mas acidentalmente entrou no conjunto errado de elevadores, segundo o 'mayor' de Nova Iorque.
Quatro pessoas, incluindo um polícia de Nova Iorque fora de serviço, foram mortas no ataque, que ocorreu na segunda-feira.
O agressor seria posteriormente encontrado morto.
A polícia revelou que Tamura tinha um histórico de doença mental, e uma nota confusa encontrada no corpo sugeria que o homem tinha uma queixa contra a NFL por uma alegação infundada de que sofria de encefalopatia traumática crónica.
O autor dos disparos tinha jogado futebol americano no ensino médio na Califórnia há quase duas décadas.
"Ele parecia ter culpado a NFL", disse o autarca de Nova Iorque.
"A sede da NFL ficava no edifício e ele entrou por engano no elevador errado", indicou.
A nota afirmava que ele sofria de ETC - doença cerebral degenerativa associada a concussões e outros traumatismos cranianos repetidos, comuns em desportos de contacto como o futebol americano - e dizia que o seu cérebro deveria ser estudado após a sua morte, disseram duas fontes próximas do assunto à agência noticiosa norte-americana Associated Press.
Também mencionava especificamente a NFL, segundo uma das fontes.
O motivo ainda não foi determinado, mas os investigadores estavam a analisar, com base na nota, se ele poderia ter escolhido especificamente o edifício por acolher a sede da NFL.
A partir da Escócia, onde hoje termina uma visita privada, o presidente norte-americano, Donald Trump, condenou o ato de violência "insensato", cometido por um "louco".
"Fui informado do trágico tiroteio que ocorreu em Manhattan, um lugar que conheço e amo", escreveu na sua plataforma Truth Social, afirmando ter "confiança nas forças policiais para esclarecer as razões que levaram um louco a cometer um ato de violência tão insensato".
O tiroteio ocorreu num arranha-céus que abriga a sede da NFL e da Blackstone, uma das maiores empresas de investimento do mundo, além de outros inquilinos.
Uma mensagem enviada aos funcionários da Blackstone, obtida pela Associated Press, dizia que um funcionário da empresa foi morto no tiroteio.
Vídeos de vigilância mostraram o autor a sair de um carro estacionado em dupla fila pouco antes das 18h30 locais (23h30 em Lisboa), carregando uma espingarda, e a atravessar uma praça pública em direção ao edifício.
Em seguida, o homem começou a disparar, disse a comissária de polícia Jessica Tisch, matando um agente que trabalhava na segurança da empresa e atingindo uma mulher que tentava proteger-se.
Dirigiu-se então ao elevador e disparou contra um guarda que se encontrava na mesa de segurança e contra outro homem no átrio, segundo a comissária.
"O nosso agente foi morto na entrada assim que o suspeito entrou no edifício", relatou numa entrevista televisiva.
"Parece ter passado primeiro pelo agente e depois virou-se para a direita, viu-o e disparou várias vezes", acrescentou.
Apanhou o elevador até ao 33.º andar, onde ficam os escritórios da empresa proprietária do edifício, a Rudin Management, e matou uma pessoa nesse andar. Em seguida, suicidou-se, disse a comissária.
O edifício, localizado na Park Avenue, também abriga os escritórios da empresa de serviços financeiros KPMG.
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