O porta-voz militar Huthi, coronel Yayha Sarea, argumentou que esta "quarta fase" da sua ofensiva no Mar Vermelho é uma resposta à situação humanitária crítica na Faixa de Gaza devido ao bloqueio israelita, que ali combate os islamitas do Hamas desde 2023.
Assim, os Huthis "decidiram intensificar as suas operações de apoio militar" e alertam que atacarão "todas as embarcações pertencentes a qualquer companhia que opere em portos israelitas inimigos, independentemente da sua nacionalidade, e em qualquer lugar ao alcance das suas forças armadas.
"As Forças Armadas do Iémen alertam todas as empresas para que cessem as suas operações com os portos do inimigo israelita a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, as suas embarcações, independentemente do seu destino, serão atacadas em qualquer lugar acessível ou dentro do alcance dos nossos mísseis e drones", acrescentou o porta-voz militar.
"As ações das Forças Armadas do Iémen expressam o nosso compromisso moral e humanitário com a injustiça cometida contra o povo irmão palestiniano e todas as nossas operações militares cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e o levantamento do bloqueio", concluiu o porta-voz.
Os huthis, que controlam a capital iemenita, Sana, e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território israelita e contra embarcações com alguma forma de ligação israelita, na sequência da ofensiva desencadeada contra Gaza após os ataques realizados a 07 de outubro pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas.
Também atacaram navios e outros ativos estratégicos americanos e britânicos em resposta ao bombardeamento destes países ao Iémen, uma intervenção que Washington e Londres defendem basear-se no seu desejo de garantir a segurança da navegação na região. No entanto, em maio, os huthis aderiram a um cessar-fogo anunciado pelos Estados Unidos.
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