"A determinação e a unidade pavimentaram o caminho para um acordo negociado com os EUA, que prioriza a cooperação, protege os interesses fundamentais da UE e oferece às empresas a certeza de que precisam", destacou Costa.
Além de elogiar Von der Leyen, o ex-primeiro-ministro português aplaudiu também, numa mensagem nas suas redes sociais, o papel do comissário de Comércio, Maros Sefcovic, e do resto da equipa negociadora da Comissão Europeia do acordo concluído hoje com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Escócia.
"Elogio o trabalho de Von der Leyen, de Maros Sefcovic e da Comissão Europeia para estabilizar o comércio transatlântico", afirmou Costa.
O acordo bilateral inclui uma tarifa fixa e máxima de 15% das exportações europeias nos Estados Unidos, em vez dos 30% que Washington ameaçava aplicar a partir de 01 de agosto, caso não houvesse consenso, informou Von der Leyen após a sua reunião com o presidente norte-americano.
Esses 15% serão aplicados "à maior parte dos setores, como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos", precisou a chefe do Executivo comunitário, em declarações à imprensa após a reunião com Trump, no seu complexo de golfe em Turnberry, a oeste da Escócia.
A informação contradiz o que foi dito anteriormente pelo próprio Donald Trump, que afirmara que os produtos farmacêuticos estavam excluídos da negociação.
Von der Leyen anunciou ainda que foram acordadas "tarifas zero", por ambas as partes, numa série de "produtos estratégicos", incluindo nos do setor aeroespacial e seus componentes, certos químicos, produtos agrícolas, recursos naturais e matérias-primas.
A chefe do Executivo comunitário adiantou que continuarão a trabalhar para adicionar mais elementos a esta lista.
Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu incentivou a que se aproveite "este resultado para continuar a fortalecer a competitividade da UE e a ampliar a nossa rede comercial global".
Nesse sentido, Von der Leyen destacou hoje que a União Europeia está a criar novas alianças comerciais por todo o mundo, ampliando as 76 que já possui.
"Concluímos negociações nos últimos meses com o Mercosul, o México e a Indonésia. Num mundo instável, a Europa é um parceiro confiável. E continuaremos a oferecer acordos que ajudem a salvaguardar a nossa prosperidade", sublinhou.
O pacto inclui um compromisso da UE de comprar energia dos EUA no valor de 750.000 milhões de dólares e investir 600.000 milhões de dólares adicionais naquele país, além de aumentar as suas aquisições de equipamento militar americano, conforme explicou anteriormente Trump.
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