Japão emite alerta de viagem na fronteira entre Tailândia e Camboja

O Japão apelou aos seus cidadãos para evitarem viajar para as zonas fronteiriças entre a Tailândia e o Camboja devido ao conflito armado que entrou hoje no quarto dia consecutivo, apesar dos apelos internacionais para um cessar-fogo.

Japão,

© YUICHI YAMAZAKI/AFP via Getty Images

Lusa
27/07/2025 11:52 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Japão

Tóquio emitiu um alerta de viagem de nível 3, o segundo mais elevado na sua escala de quatro, para as regiões, que foi publicado no sábado no 'site' oficial de alertas de viagem do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão.

 

O alerta abrange até 50 quilómetros desde a fronteira no lado tailandês e até 30 quilómetros desde a fronteira no lado cambojano, sendo que o aviso aconselha ainda que os cidadãos japoneses já presentes na região abandonem essa zona.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão sublinha que os confrontos entre a Tailândia e o Camboja, que começaram na quinta-feira ao longo da linha de fronteira disputada, apresentam um elevado risco de "incidentes imprevistos" e justificam o alerta emitido.

De acordo com o meio de comunicação local NHK, as autoridades estimam que cerca de 450 japoneses residam nas regiões afetadas, entre os quais não há registo de vítimas até ao momento.

O atual conflito entre a Tailândia e o Camboja fez pelo menos 34 mortos, dezenas de feridos e aproximadamente 200 mil pessoas deslocadas, após trocas de tiros, bombardeamentos e ataques aéreos, de acordo com os últimos dados oficiais.

Perante estes dados, este conflito é considerado "o episódio mais mortífero" em quase 15 anos de uma longa disputa territorial entre os dois países.

As disputas continuam, apesar da disponibilidade dos governos de ambos os países asiáticos para iniciarem negociações de cessar-fogo.

No sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteve reunido com o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, e o seu homólogo cambojano, Hun Manet, afirmando que ambos os lados "concordaram em reunir-se imediatamente e negociar rapidamente um cessar-fogo".

Os líderes dos dois países asiáticos confirmaram que falaram com o Presidente dos EUA e agradeceram o seu interesse em pôr fim às hostilidades, apesar de ambos continuarem a acusarem-se mutuamente quanto à responsabilidade pelo conflito, que está hoje no quarto dia de confrontos.

Também no sábado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou a escalada de violência dos últimos dias entre a Tailândia e o Camboja, e pediu a ambas as partes que se comprometam com um cessar-fogo.

Banguecoque e Phnom Penh têm uma disputa territorial de longa data devido a divergências sobre a delimitação das suas fronteiras, o que levou a vários confrontos, incluindo combates esporádicos entre 2008 e 2011, que fizeram cerca de 30 mortos.

As tensões voltaram a aumentar em maio passado, após a morte de um soldado cambojano num confronto entre os dois exércitos.

Leia Também: Ascensão da extrema-direita preocupa padres católicos lusófonos no Japão

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