Segundo declarações citadas pela agência de notícias CNA, Chen Ming-chi alertou que "não se podem fazer conjeturas" sobre as tarifas que serão aplicadas a Taiwan após a conclusão das conversações, acrescentando que os detalhes sobre as compras a empresas norte-americanas "ainda estão a ser discutidos entre ambas as partes".
O governante destacou que as propostas de aquisição "incluem processos delicados de cedência", sublinhando que a "sinceridade de Taiwan está plenamente presente".
Yen Huai-shing, vice-chefe da equipa negociadora de Taipé, indicou que "o objetivo é alcançar um consenso antes de 01 de agosto", data definida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, como prazo para fechar novos acordos comerciais.
Yen assegurou ainda que a "linha vermelha" de Taiwan é a defesa "dos interesses nacionais, da segurança alimentar e da saúde pública".
A vice-primeira-ministra taiwanesa, Cheng Li-chiun, e a principal responsável de Taipé para negociações comerciais, Yang Jen-ni, estiveram em Washington no passado dia 08 de julho para a terceira ronda de reuniões presenciais com representantes dos EUA, centrada em temas económicos e tarifários, incluindo a questão das "tarifas recíprocas", segundo nota do Executivo da ilha.
Em resposta ao anúncio das "tarifas recíprocas", Taiwan propôs um entendimento baseado em "tarifas zero", a aceleração da aquisição de bens norte-americanos, o aumento do investimento em território norte-americano e a eliminação de barreiras comerciais não tarifárias.
No entanto, caso as negociações falhem e os EUA imponham tarifas sobre os semicondutores -- principal produto de exportação da ilha -- ou reativem as tarifas, que anteriormente rondavam os 32%, o impacto na economia taiwanesa poderá ser significativo.
O Governo de Taipé já reconheceu que será difícil atingir um crescimento económico superior a 3% este ano se esse cenário se confirmar.
Leia Também: China contra escala do líder taiwanês nos EUA "sob qualquer pretexto"