Enviado de Trump manterá reuniões em Moscovo na quarta-feira

O enviado especial da Casa Branca para o Médio Oriente, Steve Witkoff, vai reunir-se na quarta-feira com altos responsáveis russos em Moscovo, adiantaram hoje fontes ligadas ao processo.

Presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado da Casa Branca, Steve Witkoff

© Getty Images

Lusa
05/08/2025 23:11 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A visita acontece dois dias antes do final do prazo anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no ultimato que lançou a Moscovo para colocar um ponto final na guerra contra a Ucrânia.

 

Fontes ligadas à viagem de Witkoff adiantaram à agência Efe que "o enviado especial estará em Moscovo na quarta-feira para se reunir com os líderes russos".

Trump já tinha anunciado no fim de semana que Witkoff viajaria para a Rússia "na quarta e quinta-feira".

Esta é a quinta visita do enviado especial dos EUA à Rússia - onde foi sempre recebido por Putin - até agora em 2025.

Trump não escondeu as frustrações com o presidente russo e o que considera ser uma falta de compromisso com a paz na Ucrânia, pelo que reduziu o prazo para que pudesse concordar com uma trégua nos combates de 50 para 10 dias, um ultimato que expiraria na sexta-feira.

"Se o prazo chegar e a Rússia não concordar com um cessar-fogo, haverá sanções. Mas [Moscovo] parece muito boa a evitar sanções. São pessoas astutas e bastante habilidosas a contorná-las", frisou Trump no domingo.

O Kremlin garantiu esta semana que terá todo o gosto em receber Witkoff.

"Estamos sempre felizes por ver o senhor Witkoff em Moscovo e por manter contactos com ele. Consideramos estes contactos importantes, significativos e muito úteis", apontou o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária por telefone.

A Rússia disse estar ciente do novo prazo de Trump, embora insista que está preparada para continuar a guerra.

O chefe de Estado norte-americano debateu hoje com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, novas sanções à Rússia e a cooperação militar entre Washington e Kyiv.

O líder ucraniano acrescentou, na reação à conversa telefónica com Trump, que a economia da Rússia "continua em declínio" e que "é exatamente por isso que Moscovo é tão sensível a esta perspetiva [das sanções] e à determinação de Trump".

As tensões entre o Kremlin (presidência russa) e a Casa Branca têm aumentado nos últimos dias, com Donald Trump a destacar dois submarinos nucleares em resposta a comentários nas redes sociais por parte do antigo presidente russo Dmitri Medvedev.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu na segunda-feira que "não há vencedores" numa guerra atómica, recomendando cautela, embora tenha referido que os dois submarinos norte-americanos anunciados por Trump "já estão em serviço" de forma permanente.

No mesmo dia, o Kremlin anunciou que ia levantar a moratória sobre mísseis de curto e médio alcance, após a retirada do tratado internacional para eliminar este equipamento militar, anunciando hoje que ia destacar este tipo de material bélico caso considerasse necessário.

Leia Também: Países nórdicos financiam novo apoio militar dos EUA a Kyiv

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