"A campanha política e económica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada. Apoiaremos sempre os nossos parceiros no direito à autodefesa", declarou Marco Rubio, através das redes sociais.
Rubio acusou a jurista italiana de "antissemitismo flagrante" e de levar a cabo uma "campanha de guerra política e económica" dirigida a Washington e ao aliado israelita.
A relatora especial acusou duramente Israel de cometer crimes de guerra, incluindo genocídio, na ofensiva militar desde há 21 meses na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas.
As sanções são uma consequência de uma ordem executiva assinada em fevereiro pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para congelar bens e revogar vistos a qualquer pessoa que coopere com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre Israel.
O secretário de Estado norte-americano relacionou Albanesa com o TPI, numa "colaboração direta" que levou à emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o antigo ministro da Defesa Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Rubio considerou a relatora das Nações Unidas inadequada para o cargo, alegando que "expressou flagrante antissemitismo, apoio ao terrorismo e desprezo declarado pelos Estados Unidos, Israel e o Ocidente".
O dirigente norte-americano salientou ainda que a perita visada "intensificou esta estratégia" ao recomendar que o TPI investigue e processe as empresas que alegadamente beneficiaram com a guerra no enclave palestiniano.
Num relatório recente, Francesca Albanese afirmou que grandes empresas de investimento, como a Blackrock e a Vanguard, cometeram "graves violações do direito internacional" ao lucrar com uma "economia genocida".
O anúncio de Rubio aconteceu depois de um encontro na segunda-feira, em Washington, com Netanyahu, antes de duas reuniões do chefe do Governo de Israel com o Presidente dos Estados Unidos.
A deslocação do primeiro-ministro israelita foi dominada pelas negociações indiretas em curso no Qatar com o Hamas, com vista a um cessar-fogo de 60 dias e libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza.
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