"Estou mais do que irritado com este incidente", disse Wadephul ao portal de notícias RND, acrescentando que o caso "ainda não está encerrado diplomaticamente" e que Pequim "terá de explicar-se".
O incidente ocorreu em 02 de julho, mas só foi divulgado na terça-feira. Segundo as autoridades alemãs, a tripulação de um avião estacionado no Djibuti foi temporariamente cegada por um feixe de laser projetado a partir de um navio chinês, durante um voo de rotina.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão convocou o embaixador da China, tendo sublinhado, através da rede social X, que "colocar em risco pessoal alemão e perturbar a missão é completamente inaceitável".
Após se reunir com o diplomata chinês, Wadephul reforçou a posição de Berlim: "Um ato de perturbação deste tipo, colocando em risco injustificadamente as nossas unidades, é inaceitável. Dissemos isso de forma clara ao embaixador".
Apesar da disposição de continuar a cooperar com a China, o ministro advertiu que a Alemanha rejeitará "qualquer comportamento chinês que contrarie a ordem internacional baseada em regras".
A Alemanha participa na missão internacional no mar Vermelho para proteger a navegação civil contra ataques das milícias Huthis, no Iémen.
De acordo com o Ministério da Defesa alemão, o incidente ocorreu sem provocação ou contacto prévio, tendo o avião sido atingido por um laser durante uma patrulha de rotina.
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