"Dirigi-me à Santa Sé no Vaticano sobre este assunto e enviei uma carta a Leão XIV a solicitar assistência para o regresso dos nossos cidadãos, uma vez que isto contradiz as normas e a moral", declarou Moskalkova, numa conferência de imprensa em Bishkek, capital do Quirguistão.
A provedora russa esclareceu que a carta foi enviada há cerca de três semanas através do núncio apostólico e que "já chegou" ao destinatário, indicou a agência de notícias russa TASS.
"Também me dirigi ao Alto-Comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas [Volker Turk] e ao secretário-geral da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa [Feridun Sinirlioglu] para lhes pedir que nos ajudem a repatriar os civis", acrescentou.
O pedido de Moskalkova está relacionado com 30 pessoas que se encontram na região ucraniana de Sumy e que são originárias da região russa fronteiriça de Kursk, onde as tropas ucranianas realizaram uma incursão em agosto de 2024 e de onde foram expulsas na primavera deste ano.
O Papa Leão XIV recebeu hoje entretanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sua residência de verão em Castel Gandolfo e reafirmou a disponibilidade do Vaticano para acolher futuras negociações com a Rússia.
"O Santo Padre reafirmou a sua disponibilidade para receber no Vaticano representantes da Rússia e da Ucrânia para negociações", referiu a Santa Sé num breve comunicado.
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