Entre as armas que seguiram agora na Ucrânia estão munições de 155 mm e 'rockets' guiados de precisão conhecidos como GMLRS, adiantaram hoje duas autoridades norte-americanas à agência Associated Press (AP), que falaram sob condição de anonimato.
Não ficou imediatamente claro quando exatamente as armas começaram a ser enviadas, acrescentou a AP.
O secretário da Defesa, Pete Hegseth, tinha determinado a suspensão na semana passada, que afetou um recente envio específico de armas para a Ucrânia, para permitir ao Pentágono avaliar os seus stocks de armas, numa medida que apanhou a Casa Branca de surpresa.
O Presidente Donald Trump anunciou na segunda-feira que os EUA continuariam a fornecer armas defensivas à Ucrânia.
O líder republicado evitou perguntas sobre quem ordenou a suspensão em conversas com os jornalistas esta semana.
"Eu saberia se uma decisão fosse tomada. Eu saberei", frisou hoje Trump.
"Serei o primeiro a saber. Na verdade, provavelmente daria a ordem, mas ainda não a dei", acrescentou.
Quando questionado um dia antes sobre quem ordenou a pausa, respondeu: "Não sei. Porque é que não me dizem?".
Trump manifestou em privado a sua frustração com os responsáveis do Pentágono por anunciarem a pausa, uma medida que, segundo o governante, não foi devidamente coordenada com a Casa Branca, segundo três fontes ligadas ao processo.
O Pentágono negou que Hegseth tenha agido sem consultar o Presidente.
Durante o mandato de Biden, Washington prometeu fornecer mais de 65 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia.
Donald Trump não anunciou qualquer nova ajuda a Kyiv desde janeiro.
É a terceira vez que Hegseth, por conta própria, interrompe os envios de ajuda para a Ucrânia, acrescentaram as fontes.
Nos dois casos anteriores, em fevereiro e maio, as suas ações foram revertidas dias depois.
Uma análise feita por oficiais militares de alta patente concluiu que o pacote de ajuda não comprometeria o próprio fornecimento de munições das Forças Armadas norte-americanas, de acordo com três responsáveis norte-americanos citados pela emissora.
A Ucrânia tem vindo a pedir aos Estados Unidos e aos aliados europeus novas defesas aéreas para conseguir travar estes ataques russos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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