Trump não se sente ameaçado por partido de Musk (acha que até será útil)

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que não se sente ameaçado pelo partido político anunciado pelo seu antigo aliado Elon Musk e acredita que até pode ser benéfico.

donald trump, elon musk

© Isaac Wasserman/NCAA Photos via Getty Images

Lusa
08/07/2025 20:37 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

EUA

"Penso que nos vai ajudar. Os terceiros partidos sempre foram bons para mim. Não sei quanto aos republicanos, mas são bons para mim", declarou numa reunião da sua administração na Casa Branca em Washington, a sexta desde que iniciou o seu segundo mandato, em 20 de janeiro.

 

O magnata sul-africano, dono da rede X, dos veículos elkétricos Tesla e da empresa aeroespacial Space X, manifestou a sua ambição política no passado fim de semana com o anúncio desta nova força partidária.

O Partido América tenta ser uma terceira opção ao sistema bipartidário nos Estados Unidos, dominado há longa data por democratas e republicanos, e já despertou o interesse de outros destacados empresários como Mark Cuban, o financeiro Anthony Scaramucci e o investidor tecnológico Tyler Palmer.

Quando Musk fez o seu anúncio no passado sábado, observou que o fazia para "devolver a liberdade à América".

Um dia depois, Trump previu o fracasso do seu antigo aliado.

"Estou triste por ver Elon Musk perder completamente o rumo, tornando-se essencialmente num desastrado nas últimas cinco semanas", comentou o líder norte-americano na sua rede Truth Social.

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Elon Musk, que já fez parte do governo dos EUA, prometeu a criação de um partido caso a "bela lei" de Donald Trump fosse aprovada. Para já, fez uma sondagem, e, segundo os comentários, os utilizadores respondem "maioritariamente sim."

Teresa Banha | 17:23 - 04/07/2025

Na ocasião, Trump referiu que um terceiro partido nunca prosperou nos Estados Unidos, porque o sistema "não parece ter sido concebido para eles".

No entanto, Musk, que gastou 270 milhões de dólares (229,2 milhões de euros) na campanha de Trump para as presidenciais de 2024, poderá causar impacto nas eleições intercalares de 2026 e interferir com o controlo do Congresso, se estiver disposto a gastar verbas significativas.

O homem mais rico do planeta que era presença assídua na Sala Oval após a eleição do republicano, liderou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que tinha como objetivo reduzir drasticamente a despesa federal.

O empresário deixou o DOGE em maio para reassumir o controlo das suas empresas, nomeadamente a Tesla, cuja imagem e vendas sofreram em todo o mundo devido a esta colaboração com Trump e ao seu apoio público a grupos de extrema-direita europeus.  

Mais tarde, teve uma discussão dura e pública com o líder republicano devido ao projeto de lei orçamental.

Na sequência da aprovação do projeto, que acusa de aumentar a dívida pública, Musk lançou uma sondagem sobre a criação da nova formação política na sua rede social na sexta-feira.

Quase dois terços (65%) dos cerca de 1,2 milhões inquiridos responderam "sim" à pergunta se queriam que o Partido América visse a luz do dia.

"Quando se trata de arruinar o nosso país através do desperdício e da corrupção, vivemos num sistema de partido único, não numa democracia", criticou Musk.

No mês passado, Musk classificou o pacote de isenções fiscais e cortes de despesa como uma "abominação repugnante", alertando que vai aumentar o défice federal, entre outras críticas severas.

Estes posicionamentos e a sua iniciativa de formar um partido político marcam uma inversão em relação a maio, quando a sua colaboração com a Casa Branca estava a chegar ao fim e disse que pretendia investir "muito menos" em política no futuro.

Natural da África do Sul, Elon Musk está impedido de concorrer em futuras eleições presidenciais, uma vez que os candidatos têm de ter nascido nos Estados Unidos.

Leia Também: Musk a criar novo partido nos EUA? "Acho que é ridículo", atira Trump

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