Sob o mote "serviços públicos não são mercadoria", a marcha arranca pelas 11:00 da Basílica da Estrela e termina na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Frente Comum realça que esta concentração foi convocada pela "ausência de respostas aos problemas dos trabalhadores da administração pública", nomeadamente à exigência "de um aumento intercalar de salários" e que contará com a participação de "centenas de dirigentes, delegados e ativistas sindicais".
"Nós não admitimos a hipótese sequer de apenas começar a discutir uma revisão salarial na administração pública para janeiro do próximo ano", afirma Sebastião Santana, lembrando que por lei está prevista a negociação geral anual dos salários.
A Frente Comum, afeta à CGTP, reivindica um aumento de 15% no salário dos trabalhadores da administração pública, com o mínimo de 150 euros para todos.
Sebastião Santana recordou ainda que a Frente Comum voltou a entregar ao Governo a sua proposta reivindicativa comum e lamentou a "ausência de resposta" às "questões essenciais" como "a valorização das carreiras, o reforço dos serviços públicos, o sistema de avaliação e a precariedade na administração pública".
Questionado sobre se está disponível para negociar um novo acordo com o Governo que contemple a atual legislatura, dado que o assinado em novembro, e que não foi subscrito pela Frente Comum, só vai até 2028, o coordenador desta estrutura sindical assegura que "a Frente Comum não tem por princípio, nem nunca teve, não assinar acordos", mas "a questão é o conteúdo dos acordos".
"Se forem acordos de empobrecimento como o assinado com outras estruturas sindicais, com certeza que não o vamos assinar. Se for um acordo que valorize os trabalhadores, não temos problema nenhum em colocar a nossa assinatura, naturalmente", afirma.
Além do coordenador da Frente Comum, está prevista a presença do secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, sendo que no final vai ser entregue uma resolução.
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