Transações suspeitas nos casinos de Macau caem 14,9% na 1.ª metade do ano

O número de transações suspeitas registadas em casinos de Macau na primeira metade de 2025 caiu 14,9% em comparação com igual período do ano passado, anunciou o Gabinete de Informação Financeira (GIF) da região chinesa.

Casinos de Macau encerraram abril com receitas de 2.847ME

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Lusa
17/07/2025 15:24 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

Macau

Num comunicado divulgado na terça-feira, o gabinete referiu que as seis operadoras de casinos em Macau submeteram, no total, 1.856 participações de transações suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo.

 

Num comunicado, o GIF apontou para "a diminuição do número de participações de transações suspeitas reportadas pelo setor do jogo" durante o primeiro semestre como a principal razão para uma queda de 12,6% no número total.

Entre janeiro e junho, o gabinete recebeu 2.515 participações, sendo que 73,8% vieram das concessionárias de casinos, enquanto 19,9% vieram de bancos e seguradoras e 6,3% de outras instituições e entidades.

Os setores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transação igual ou superior a 500 mil patacas (cerca de 53.400 euros).

Em 2024, o GIF tinha recebido 5.245 participações, sendo que a maioria vieram dos casinos do território: 3.837, mais 11,8% do que no ano anterior e um novo recorde.

Em março de 2022, o Departamento de Estado dos EUA designou Macau como um dos principais pontos de branqueamento de capitais a nível mundial, apontando os angariadores de grandes apostadores e as "atividades ilícitas que eles muitas vezes facilitam".

Isto apesar da detenção, em novembro de 2021, de Alvin Chau Cheok Wa, líder da Suncity, então o maior angariador de apostas VIP do mundo.

Segundo o relatório anual do GIF, Macau era o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (GAFI) que cumpria "todos os 40 padrões internacionais" sobre a prevenção da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.

O gabinete assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Atividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde.

Num comunicado divulgado hoje, o GIF disse que ultimou os procedimentos para assinar, também com Angola, um acordo de troca de informações para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.

O gabinete disse que o acordo esteve na mesa num encontro com representantes da Unidade de Informação Financeira da República de Angola, à margem da reunião do Grupo Egmont entre 06 e 11 de julho, no Luxemburgo.

O Grupo Egmont é uma organização internacional de luta contra a lavagem de dinheiro, que reúne 181 unidades de informação de todo o mundo.

Angola foi acrescentada à "lista cinzenta" do GAFI em outubro, depois de ter ficado aquém dos seus regimes legais e de regulamentação financeira.

Também Moçambique consta na "lista cinzenta" do GAFI e o país foi admitido ao grupo Egmont, em 10 de julho, anunciou hoje o Ministério das Finanças moçambicano.

O GAFI, uma organização intergovernamental, estabelece normas internacionais em matéria de luta contra o branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição maciça.

A "lista cinzenta" identifica os países que estão a trabalhar ativamente com o GAFI para resolver deficiências estratégicas nessas áreas.

Leia Também: Macau. Desqualificados candidatos? Espera-se parlamento com "mais leais"

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