CGTP defende urgente aumento geral dos salários nos Açores

A CGTP-IN/Açores defendeu hoje o urgente aumento geral dos salários, alertando que "nem o salário médio permite fazer face às despesas mensais"das famílias, uma situação que se "agrava" no arquipélago, face aos custos da ultraperiferia.

Santa Maria, Açores

© iStock

Lusa
17/07/2025 13:43 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

CGTP

"O principal problema nos Açores são os baixos salários, como demonstrou um estudo recente. É urgente um aumento geral dos salários, que permita uma mais justa distribuição da riqueza e reconheça o papel essencial dos trabalhadores para a economia. São estes quem faz a região funcionar, todos os dias, restando-lhes a redução drástica do poder de compra e a pobreza à custa da inflação que garante lucros maiores às grandes empresas", apontou o novo coordenador da central sindical nos Açores, Rui Teixeira.

 

Em conferência de imprensa, na Horta, ilha do Faial, a CGTP considerou que, no imediato, "é urgente aumentar o Acréscimo Regional ao Salário Mínimo Nacional, de 5% para 10%".

"Para comprovar a real possibilidade deste aumento, basta ver que significa menos de 1,5 euros por dia (43,5 euros por mês), mas farão muita diferença no aliviar das dificuldades vividas pelos milhares de trabalhadores que recebem o Salário Mínimo Regional", constatou.

Além do aumento geral dos salários, a CGTP defendeu as 35 horas de trabalho por semana, estabilidade profissional, com "concursos justos", a valorização das carreiras, entre outras reivindicações, "fundamentais para os trabalhadores e também para a conciliação da sua vida profissional com a sua vida pessoal e familiar".

Por outro lado, alertou para "a crise na habitação" nos Açores, alegando que "é um drama vivido por cada vez mais famílias", com custos mensais "incomportáveis, preços inacessíveis, famílias despejadas".

"A tudo isto, o governo é insensível, anunciando soluções insuficientes em número e na urgência dos novos casos que surgem todos os dias. Este será o melhor exemplo do resultado de deixar um direito humano nas mãos do mercado", acrescentou.

A CGTP criticou ainda o Governo da República por "tentar impor" alterações à lei da greve, "servindo os interesses dos grandes patrões".

"A CGTP-IN/Açores apela à união de todos os trabalhadores e da sociedade para travar este retrocesso. O governo devia reforçar os direitos laborais e não tentar restringi-los", defendeu ainda a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.

A comissão coordenadora da CGTP-IN reuniu na quarta-feira para analisar a situação política e sindical regional e nacional, tendo ainda procedido a alterações ao nível da sua organização.

Segundo a informação disponibilizada, Rui Teixeira foi eleito como novo coordenador nos Açores, substituindo João Decq Mota.

Foi também eleito como vice-coordenador Vítor Silva.

A comissão coordenadora realçou por unanimidade o trabalho desenvolvido e o "empenho demonstrado" por João Decq Mota e Luísa Cordeiro, que deixam agora de exercer funções, mantendo a sua atividade no âmbito da CGTP-IN/Açores.

Leia Também: CGTP elogia "firmeza" dos trabalhadores da Nobre que cumprem 22.ª greve

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