A Bitcoin estabeleceu, esta semana, um novo máximo histórico e há uma "combinação de fatores institucionais, económicos e técnicos" a sustentar esta valorização, de acordo com uma análise divulgada, esta quarta-feira, pela XTB.
"A Bitcoin atingiu esta semana um novo máximo histórico acima dos 123.000 dólares devido a uma combinação de fatores institucionais, económicos e técnicos", pode ler-se num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Na opinião da XTB, o "capital dos investidores parece estar a ser redirecionado das ações tecnológicas para o mercado de criptoativos", sendo que "um dos principais catalisadores foi a aprovação, em 2024, dos ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos, o que permitiu a entrada direta de capital institucional no mercado de criptomoedas".
"Esta semana promete ser crucial em termos de legislação e regulamentação. A Câmara dos Representantes dos EUA designou o período de 14 a 18 de julho de 2025 como a 'Semana das Criptomoedas'. Durante esse período, os legisladores planeiam debater e votar três projetos de lei importantes: a Lei CLARITY, a Lei Anti-CBDC Surveillance State e a Lei GENIUS do Senado. Este pacote legislativo visa estabelecer um quadro regulatório claro e fortalecer a posição dos EUA como líder global em inovação de ativos digitais", aponta a XTB.
Além disso, outro "fator importante", revela a corretora, está relacionado com o "contexto macroeconómico":
"A expectativa de cortes nas taxas de juro por parte dos bancos centrais, como a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, está a levar muitos investidores a procurar ativos escassos e resistentes à inflação, como a Bitcoin. Neste sentido, o ativo tem vindo a consolidar-se como uma espécie de 'ouro digital', particularmente entre investidores mais jovens e em países com instabilidade monetária", pode ler-se na mesma nota.
Bitcoin vai continuar a valorizar?
A XTB considera que as "perspetivas para a Bitcoin a médio prazo são maioritariamente positivas" e é "provável que o preço continue a subir, com alvos possíveis entre os 100.000 e os 150.000 dólares, impulsionado pela continuação da entrada de capital institucional, pela escassez provocada pelo halvinge pela crescente aceitação do ativo como reserva de valor".
A Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida e negociada do mercado, atingiu na segunda-feira um novo máximo histórico, chegando aos 123 mil dólares, na semana das criptomoedas, alvo de vários projetos de lei na Câmara dos Representantes dos EUA.
Depois de atingir os 123.000 dólares (105.281 euros) às 07:26 (06:26 em Lisboa), a Bitcoin caiu moderadamente e, às 08:00 (07:00 em Lisboa), subiu 2,60%, para 122.200 dólares (104.596 euros).
A Câmara dos Representantes dos EUA debate esta semana três projetos de lei sobre as criptomoedas: a Lei da Clareza, a Lei de Vigilância Anti-CBDC e a Lei Genius.
Estas regulamentações, visam promover uma estrutura de mercado abrangente que permita a classificação e diferenciação de ativos digitais como valores mobiliários ou 'commodities', bem como uma estrutura para 'stablecoins', entre outras questões.
De acordo com Javier Molina, analista da eToro, a Lei Genius daria às 'stablecoins' uma estrutura rígida, enquanto a Lei da Clareza estabeleceria limites claros, uma vez que a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) supervisionaria os tokens.
Molina referiu ainda que a Lei da Bitcoin permitiria ao Tesouro e à Fed adquirir até um milhão de Bitcoins como reserva estratégica e proteger a autocustódia privada.
Entretanto, o analista Juan Ignacio Crespo sugeriu que, até ao final do ano, a Bitcoin poderá subir 51% e atingir os 179 mil dólares.
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