EUA sancionam 22 empresas facilitadoras de vendas de crude iraniano

Os Estados Unidos anunciaram hoje a imposição de sanções contra 22 "empresas de fachada" sediadas em Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Turquia, acusadas de envolvimento num "sistema bancário paralelo" para facilitar as vendas de crude iraniano.

Petróleo, brent

© Nick Oxford/Reuters

Lusa
09/07/2025 18:54 ‧ há 9 horas por Lusa

Economia

EUA

Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano relaciona as 22 entidades com uma rede envolvida "no comércio ilícito de petróleo" em nome do regime do Irão.

 

"Esta rede tem utilizado empresas estrangeiras de fachada para transferir fundos que sustentam a Força Quds-Guarda Revolucionária Islâmica e as campanhas de terror de Teerão, que minam a paz e a segurança internacionais e reforçam os seus programas de mísseis balísticos", acusou a diplomacia de Washington.

O Departamento de Estado refere que as empresas estão sediadas em Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Turquia "como parte desta rede para ajudar as entidades governamentais iranianas sancionadas a gerar receitas com a venda de petróleo e outras mercadorias" já sujeitas às sanções dos Estados Unidos (EUA).

Num comunicado separado, o Departamento do Tesouro relata a existência de contas 'offshore' para transferir centenas de milhões de dólares em lucros derivados das vendas de petróleo iraniano, "a fim de contornar sanções e canalizar fundos" de volta.

"O regime iraniano depende fortemente do seu sistema bancário paralelo para financiar os seus programas desestabilizadores de armas nucleares e mísseis balísticos, que ameaçam os Estados Unidos e os nossos aliados na região", comentou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, numa publicação nas redes sociais a propósito das sanções hoje anunciadas.

Estas restrições correspondem a uma segunda vaga dirigida a estruturas financeiras de facilitação de venda de crude iraniano desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um memorando em fevereiro para ativar uma campanha de "pressão máxima" contra Teerão.

"Os Estados Unidos continuarão a negar ao Irão o acesso às redes financeiras e ao sistema bancário global enquanto o Irão prosseguir as suas atividades desestabilizadoras", afirmou o Departamento de Estado no mesmo comunicado, ameaçando ainda com "a responsabilização daqueles que procuram minar a paz e a segurança internacionais".

Representantes de Washington e Teerão deverão reunir-se nos próximos dias em Oslo, na Noruega, após a ofensiva militar de 12 dias iniciada por Israel em 13 de junho, sob o pretexto de que o Irão estava prestes a alcançar uma arma nuclear, o que é refutado pela República Islâmica.

Posteriormente, os Estados Unidos realizaram, em 22 de junho, um raide aéreo contra as instalações nucleares iranianas de Fordo, Natanz e Isfahan.

Após estes acontecimentos, ambos os lados concordaram com um cessar-fogo, interrompendo os respetivos bombardeamentos, que fizeram mais de mil mortos no Irão e 28 em Israel.

Leia Também: Bruxelas disponível para acordo e espera igual vontade dos EUA

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas