Atendimentos presenciais na Segurança Social vão reduzir-se em um terço

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, defendeu hoje que "nasceu um novo paradigma" no serviço da Segurança Social", que permitirá que no final do ano os atendimentos presenciais se reduzam em um terço.

Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social,

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
09/07/2025 16:05 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Segurança Social

Na apresentação do Portal Unificado da Segurança Social, a governante começou por salientar que, desde janeiro, há menos 1,2 milhões de pessoas a serem atendidas nos balcões da Segurança Social.

 

"No final do ano de 2025 deverão ser menos 30% do que em 2024", salientou, o que considerou serem "números elucidativos porque correspondem a um terço das pessoas que normalmente estariam aos balcões".

Estas pessoas passaram a poder "tratar dos assuntos a partir do computador, telemóvel, casa, empresa, escritório", apontou, um paradigma que "nasce de uma orientação clara deste Governo de declarar guerra a modelos de atendimento antigos que se revelam pouco amigos das pessoas, famílias e empresas".

A ministra destacou ainda que em 2024, 900 mil pessoas foram à Segurança Social presencialmente para obter uma declaração, e com este programa de digitalização já foi possível obter 375 mil declarações de carreira contributiva pela 'app mobile'.

Exemplificou ainda que mais de 700 mil pessoas foram a balcões em 2024 só para pagar contribuições, mas desde que foi introduzida a possibilidade de transferência online, já se arrecadaram 200 milhões de euros em contribuições.

Rosário Palma Ramalho destacou ainda que "das 116 medidas do programa Primeiro Pessoas, 40% já foram executadas desde início do ano".

No âmbito deste programa, vão avançar medidas como a prova de vida online por biometria de pensionistas residentes no estrangeiro, a possibilidade do pagamento de contribuições por MBWay, várias declarações serem passíveis de obtenção online, simuladores de pensões e a interoperabilidade de dados com outros organismos do Estado.

A possibilidade de pagamento por MBWay será operacionalizada ainda em julho, asseguraram os responsáveis.

A ministra disse ainda, em declarações à margem, que "há continuidade com o que existe, relativamente aos recursos financeiros, ao financiamento, a projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)".

No entanto, quando o Governo assumiu a pasta encontrou "dezenas de projetos PRR ligados à transformação digital da Segurança Social, mas não a definição de metas, de questões prioritárias e foi por esse caminho" que foram, identificando as prioridades e foi a essas que se dedicaram em primeiro lugar, explicou.

O presidente do Instituto de Informática, Luís Farrajota, também presente na apresentação, salientou que esta foi a "maior transformação tecnológica pela qual a Segurança Social passou na sua história".

Este projeto é "uma peça integrante de um processo de transformação digital que vai estar em marcha nos próximos dois a três anos", admitindo que faltam concretizar cerca de 70 medidas.

O vice-presidente do Instituto da Segurança Social, Telmo Antunes, também salientou que a Segurança Social enfrenta dois desafios: a questão demográfica e a transição digital.

"O novo portal é um passo decisivo neste caminho -- mais intuitivo, que simplifica aproxima, respeita o tempo de quem utiliza", notou.

[Notícia atualizada às 16h36]

Leia Também: Passo a passo: É assim que descobre se tem dívidas à Segurança Social

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