Na apresentação do Portal Unificado da Segurança Social, a governante começou por salientar que, desde janeiro, há menos 1,2 milhões de pessoas a serem atendidas nos balcões da Segurança Social.
"No final do ano de 2025 deverão ser menos 30% do que em 2024", salientou, o que considerou serem "números elucidativos porque correspondem a um terço das pessoas que normalmente estariam aos balcões".
Estas pessoas passaram a poder "tratar dos assuntos a partir do computador, telemóvel, casa, empresa, escritório", apontou, um paradigma que "nasce de uma orientação clara deste Governo de declarar guerra a modelos de atendimento antigos que se revelam pouco amigos das pessoas, famílias e empresas".
A ministra destacou ainda que em 2024, 900 mil pessoas foram à Segurança Social presencialmente para obter uma declaração, e com este programa de digitalização já foi possível obter 375 mil declarações de carreira contributiva pela 'app mobile'.
Exemplificou ainda que mais de 700 mil pessoas foram a balcões em 2024 só para pagar contribuições, mas desde que foi introduzida a possibilidade de transferência online, já se arrecadaram 200 milhões de euros em contribuições.
Rosário Palma Ramalho destacou ainda que "das 116 medidas do programa Primeiro Pessoas, 40% já foram executadas desde início do ano".
No âmbito deste programa, vão avançar medidas como a prova de vida online por biometria de pensionistas residentes no estrangeiro, a possibilidade do pagamento de contribuições por MBWay, várias declarações serem passíveis de obtenção online, simuladores de pensões e a interoperabilidade de dados com outros organismos do Estado.
A possibilidade de pagamento por MBWay será operacionalizada ainda em julho, asseguraram os responsáveis.
A ministra disse ainda, em declarações à margem, que "há continuidade com o que existe, relativamente aos recursos financeiros, ao financiamento, a projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)".
No entanto, quando o Governo assumiu a pasta encontrou "dezenas de projetos PRR ligados à transformação digital da Segurança Social, mas não a definição de metas, de questões prioritárias e foi por esse caminho" que foram, identificando as prioridades e foi a essas que se dedicaram em primeiro lugar, explicou.
O presidente do Instituto de Informática, Luís Farrajota, também presente na apresentação, salientou que esta foi a "maior transformação tecnológica pela qual a Segurança Social passou na sua história".
Este projeto é "uma peça integrante de um processo de transformação digital que vai estar em marcha nos próximos dois a três anos", admitindo que faltam concretizar cerca de 70 medidas.
O vice-presidente do Instituto da Segurança Social, Telmo Antunes, também salientou que a Segurança Social enfrenta dois desafios: a questão demográfica e a transição digital.
"O novo portal é um passo decisivo neste caminho -- mais intuitivo, que simplifica aproxima, respeita o tempo de quem utiliza", notou.
[Notícia atualizada às 16h36]
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