"Em conformidade com as orientações da liderança política, as IDF realizaram recentemente um lançamento aéreo de ajuda humanitária como parte dos esforços para permitir e facilitar a entrada de ajuda na Faixa de Gaza", afirmou o exército.
De acordo com o comunicado, publicado na plataforma de mensagens Telegram, o lançamento aéreo, realizado em coordenação com organismos internacionais e o COGAT (organismo israelita que gere os assuntos civis), incluiu sete paletes com farinha, açúcar e alimentos enlatados.
Num comunicado anterior, as IDF indicaram que vão estabelecer corredores humanitários designados para "facilitar a movimentação segura das caravanas da ONU que entregam alimentos e medicamentos à população" e até mesmo "pausas humanitárias" nas zonas de entrega.
Horas antes, o exército israelita e os Emirados Árabes Unidos tinham anunciado a retoma do lançamento aéreo de ajuda na Faixa de Gaza.
O objetivo é "refutar a falsa alegação de fome deliberada na Faixa", afirmaram as IDF, em comunicado.
Os Emirados Árabes Unidos prometeram retomar "de foram imediata" os lançamentos de ajuda humanitária sobre Gaza, invocando a situação humanitária que descreveram como crítica no território palestiniano sitiado onde Israel combate desde outubro de 2023 o movimento islamita Hamas, numa altura em que organizações não governamentais (ONG) alertam para um risco iminente de fome.
"A situação humanitária em Gaza atingiu um nível crítico e sem precedentes. Os Emirados Árabes Unidos continuam na vanguarda dos esforços para fornecer ajuda vital ao povo palestino. Vamos garantir que a ajuda essencial chegue àqueles que mais precisam, seja por via terrestre, aérea ou marítima. Os lançamentos aéreos serão retomados imediatamente", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados, Abdallah ben Zayed Al-Nahyane, na rede social X.
A retoma do lançamento aéreo de ajuda humanitária surge horas depois de um comando naval de Israel intercetado o navio Handala, da Flotilha da Liberdade, com 21 tripulantes a bordo, incluindo dois espanhóis, e garantiu que todos estão seguros e a caminho da costa israelita.
A Coligação da Flotilha da Liberdade denunciou a interceção, ocorrida a menos de 100 quilómetros da costa de Gaza, como ilegal, uma vez que o navio se encontrava em águas internacionais a caminho de romper o bloqueio israelita ao enclave com um carregamento de ajuda humanitária. Concluiu, por isso, que os seus passageiros foram sequestrados.
O navio "transportava um carregamento de ajuda humanitária crucial para os palestinianos em Gaza, incluindo leite infantil, fraldas, alimentos e medicamentos", acrescentou a ONG.
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