Na noite passada, a Ucrânia atacou com drones uma das maiores fábricas de rádioeletrónica que equipa o exército russo, localizada na região de Stavropol, no sul da Rússia, disse hoje o fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), notíciou agência Efe.
"Na noite passada, drones de longo alcance do SBU atacaram as instalações de produção da fábrica de rádio 'Signal' em Stavropol. É especializada na produção de vários tipos de equipamento de guerra eletrónica, equipamento de radar e radionavegação, bem como equipamento de rádio com controlo remoto, e trabalha para o complexo militar-industrial russo", disse a fonte ao Ukrinform, segundo a Efe.
Um dos ataques ocorreu no edifício número 2 (oficina número 5), que alberga equipamento importado de elevado valor, como máquinas-ferramentas programáveis com controlo numérico.
O segundo impacto foi registado no edifício número 1, que alberga a 17.ª oficina de aparelhos radioeletrónicos.
Os meios de comunicação russos noticiaram que ocorreu um incêndio na fábrica, que está sujeita a sanções internacionais, e que não houve vítimas.
Os russos, por lado, continuam a ganhar terreno na Ucrânia, com a terceira ronda de conversações de paz entre russos e ucranianos a terminar na quarta-feira em Istambul, sem progressos tangíveis.
As forças russas "libertaram a cidade de Malievka" na região de Dnipropetrovsk, informou o Exército num comunicado divulgado na rede social Telegram.
No início deste mês, a Rússia reivindicou a tomada da primeira cidade --- Dachnoye --- nesta região.
Esta conquista, contestada por Kyiv, constituiria mais um revés simbólico para as forças ucranianas, se se confirmar.
Um avanço russo na região de Dnipropetrovsk teria um valor estratégico significativo nas discussões diplomáticas que visam a resolução do conflito, notícia a agência AFP.
O Presidente russo, Vladimir Putin, exige que Kyiv ceda as regiões ucranianas anexadas à Rússia e que a Ucrânia renuncie à adesão à NATO. Condições inaceitáveis para os líderes ucranianos e para os seus aliados ocidentais.
A Ucrânia, por sua vez, exige a retirada total do Exército russo do seu território, ocupado em cerca de 20%.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu na sexta-feira que as discussões com Moscovo sobre um encontro com Vladimir Putin "começaram", enquanto o Kremlin, por sua vez, considerou tal encontro "improvável" nos próximos 30 dias.
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