Kim Jong-un celebra armistício da Guerra da Coreia

O líder da Coreia do Norte celebrou o 72.º aniversário do armistício da Guerra da Coreia homenageando os soldados chineses mortos, sem a habitual menção às "relações amistosas" com Pequim, avançou hoje a imprensa oficial.

Kim Jong-un

© Reuters

Vitor Quintã
27/07/2025 06:27 ‧ há 5 horas por Vitor Quintã

Mundo

Coreia do Norte

De acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, Kim Jong-un visitou, no sábado, a Torre da Amizade, erguida em Pyongyang em homenagem aos chineses mortos na Guerra da Coreia (1950-1953).

 

O dia 27 de julho, a que a Coreia do Norte chama Dia da Vitória, comemora a assinatura do armistício de 1953, que pôs fim às hostilidades na península.

"A Coreia do Norte nunca esquecerá os méritos dos combatentes mortos do Exército Voluntário do Povo Chinês", disse Kim, durante a visita à torre, onde depositou uma coroa de flores.

No entanto, a reportagem não incluiu referências ao "desenvolvimento de relações amistosas" entre as duas nações, algo comum em eventos deste tipo.

A cobertura da visita foi ainda mais breve do que a de 2024, apesar dos recentes gestos de reaproximação que parecem indicar uma redução das tensões bilaterais provocadas pelo alinhamento da Coreia do Norte com Moscovo.

O último acontecimento significativo foi o banquete realizado, na terça-feira, na capital norte-coreana, para o aniversário do Exército de Libertação Popular da China, onde ambos os lados defenderam a "amizade e unidade no combate", segundo uma notícia da KCNA.

Por outro lado, durante uma visita ao Museu da Guerra de Libertação da Pátria, no âmbito das mesmas comemorações, Kim enfatizou o confronto com os Estados Unidos.

"O nosso Estado e o nosso povo alcançarão, sem dúvida, a grande causa de construir um país rico e um exército forte e tornar-se-ão vencedores honrosos no confronto anti-imperialista e anti-EUA", disse o líder norte-coreano.

As declarações de Kim surgem dois dias depois de um dirigente da Casa Branca ter reiterado à agência de notícias sul-coreana Yonhap que o Presidente norte-americano, Donald Trump, continua aberto a interações com a Coreia do Norte.

No entanto, a mesma fonte retirou o objetivo de alcançar a desnuclearização da península e a estratégia de sanções para trazer Pyongyang de volta ao diálogo.

Na quarta-feira, o líder da Coreia do Norte pediu a soldados do país que se preparem "para uma guerra a sério", durante um exercício de tiro de artilharia que presenciou.

Durante a visita, Kim discursou para os soldados norte-coreanos, a quem pediu para se prepararem "para uma guerra a sério" e para serem capazes de "destruir o inimigo em todas as batalhas", de acordo com a KCNA.

Esta visita acontece depois de um contingente norte-coreano ter participado em combates contra as forças ucranianas na região russa de Kursk, parcialmente ocupada pelas tropas de Kiev desde o verão de 2024 e que a Rússia anunciou ter retomado totalmente no final de abril.

Leia Também: Kim Jong-un pede a soldados que se preparem "para uma guerra a sério"

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