"Boa notícia". Camboja saúda proposta de cessar-fogo com Tailândia

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, saudou hoje a proposta de cessar-fogo com a Tailândia, apresentada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet

© TANG CHHIN SOTHY/AFP via Getty Images

Lusa
27/07/2025 06:17 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Camboja

"Esta é uma boa notícia para os soldados e para o povo de ambos os países", disse o líder cambojano, num comunicado.

 

Manet instruiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Prak Sokhonn, a iniciar discussões com o homólogo norte-americano, Marco Rubio, para pôr fim ao conflito que eclodiu na quinta-feira.

Ainda assim, jornalistas da agência de notícias France-Presse em Samraong, no Camboja, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Tailândia, ouviram o som de disparos de artilharia esta madrugada.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa do Camboja afirmou ainda que a Tailândia tinha atacado às 04:50 (22:50 de sábado em Lisboa) perto de dois templos cuja soberania é disputada pelos dois países.

No sábado, o Presidente dos Estados Unidos anunciou que o Camboja e a Tailândia, que estão em conflito devido a uma disputa sobre o traçado da sua fronteira comum, concordaram em reunir-se para acordar um cessar-fogo.

"Eles concordaram reunir-se imediatamente e chegar rapidamente a um acordo de cessar-fogo", escreveu Donald Trump na sua rede social Truth Social, após conversar com os líderes dos dois países.

Salientando que foram duas "conversas muito boas", o republicano disse esperar que os dois vizinhos "se entendam por muitos anos".

No início do dia, Trump já tinha declarado estar a conversar com os líderes cambojano e tailandês, sublinhando que ambas as partes desejavam um "cessar-fogo imediato e a paz".

Uma disputa fronteiriça entre os dois países tem vindo a arrastar-se há muito tempo e conduziu na quinta-feira a confrontos que envolveram caças, tanques, tropas terrestres e artilharia.

Os combates causaram 33 mortes e mais de 130 mil deslocadosem ambos os lados da fronteira, um nível de violência nunca visto desde 2011, que levou o Conselho de Segurança da ONU a reunir-se em urgência.

Também no sábado, o secretário-geral das Nações Unidas condenou a escalada de violência entre a Tailândia e o Camboja, e pediu a ambas as partes que se comprometam com um cessar-fogo.

Ao mesmo tempo, António Guterres ofereceu-se para ser mediador no atual conflito.

O saldo supera o da série anterior de grandes confrontos fronteiriços entre os dois países, que causaram 28 mortes entre 2008 e 2011.

Donald Trump também se apressou a dizer que estava ansioso por concluir "acordos comerciais com ambas as partes".

O republicano está atualmente em viagem na Escócia, no início de uma semana decisiva para a sua política económica. Impôs como prazo final o dia 01 de agosto para que vários parceiros comerciais dos Estados Unidos cheguem a um acordo que os isente de tarifas alfandegárias, algumas delas muito elevadas.

Leia Também: Donald Trump anuncia que o Camboja e a Tailândia vão celebrar cessar-fogo

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