Ministério do Interior da Síria anuncia novo cessar-fogo em Sweida

A Síria anunciou hoje um novo cessar-fogo em Sweida, onde foram relatados novos episódios de violência no dia seguinte ao envio de forças governamentais e grupos aliados para a cidade de maioria drusa.

Sweida

© Izettin Kasim/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/07/2025 17:42 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Síria

Uma fonte do Ministério do Interior, citada pela agência oficial de notícias síria Sana, anunciou ter sido "concluído um acordo para um cessar-fogo em Sweida e a mobilização de barreiras de segurança na cidade", no sul da Síria.

 

Um primeiro cessar-fogo proclamado na terça-feira não foi respeitado.

A violência causou mais de 300 mortes desde domingo, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental (ONG) com sede em Londres e uma vasta rede de contactos em toda a Síria.

Mais de 300 pessoas foram mortas desde domingo nos confrontos violentos em Sweida, indicou a ONG. Um balanço anterior indicava 248 mortos.

Segundo o OSDH, 69 combatentes drusos e 40 civis drusos foram mortos, "27 deles executados sumariamente" por membros das forças governamentais.

Além disso, 165 membros das forças governamentais e 18 combatentes beduínos, bem como 10 membros das forças de segurança do governo, foram mortos em ataques israelitas, acrescentou.

Entretanto, em Jerusalém, um responsável militar israelita declarou que parte das tropas estacionadas na Faixa de Gaza vai ser reafetada para a fronteira com a Síria, onde Israel realizou ataques, que afirmou serem em defesa da minoria drusa.

"Uma das divisões [...] atualmente a operar em Gaza [...] está a preparar-se para ser destacada para a nossa fronteira norte com a Síria", disse o responsável militar a jornalistas durante uma conferência de imprensa.

Mais de metade do milhão de drusos em todo o mundo vive na Síria. Os restantes vivem sobretudo no Líbano e em Israel, incluindo nos montes Golã, que Telavive conquistou da Síria na Guerra de 1967 e anexou em 1981.

Em Israel, os drusos são vistos como uma minoria leal e muitas vezes servem nas forças armadas.

A tensão aumentou depois dos confrontos inter-religiosos em abril, entre combatentes drusos e forças de segurança nas zonas drusas, perto de Damasco e em Sweida, que fizeram mais de 100 mortos.

Membros de tribos beduínas sunitas de Sweida participaram nos confrontos juntamente com as forças de segurança.

Com cerca de 700.000 habitantes, a província de Sweida alberga a maior comunidade drusa do país, uma minoria esotérica do Islão xiita.

As tensões entre drusos e beduínos são antigas e a violência irrompe esporadicamente entre os dois lados.

Esta nova violência intercomunitária é um dos desafios de segurança do Governo interino de Ahmad al-Sharaa, que derrubou o ex-presidente Bashar al-Assad em dezembro, num país devastado por quase 14 anos de guerra civil.

Leia Também: União Europeia condena violência contra civis na Síria

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