Novas tarifas? Trump anuncia que Brasil está entre visados: "Nada bom"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que o Brasil será um dos países aos quais Washington vai aplicar novas tarifas, aumentando assim as tensões com Brasília.

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© REUTERS/Kevin Mohatt

Lusa
09/07/2025 20:37 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Donald Trump

"O Brasil, por exemplo, não tem sido bom connosco, nada bom", disse Trump no final de um encontro com líderes da África Ocidental na Casa Branca, quando questionado pelos jornalistas sobre o temas da taxas alfandegárias.

 

"Vamos divulgar um número referente ao Brasil ainda esta tarde ou amanhã de manhã", frisou.

Na mesma ocasião, o Presidente norte-americano sublinhou que a fórmula para as novas tarifas que pretende impor a alguns países parceiros a partir de 01 de agosto é baseada no bom senso.

A trégua tarifária de 90 dias que concedeu, a 09 de abril, para negociar novas tarifas durante este período, deveria expirar hoje, mas na segunda-feira o líder republicano prolongou o prazo até 01 de agosto.

No entanto, desde então, já começou a enviar cartas aos países com os quais ainda não chegou a acordo, avisando-os de que, se não abrirem os seus mercados e eliminarem as tarifas e barreiras alfandegárias, irá impor unilateralmente tarifas adicionais à compra de bens desses países pelos Estados Unidos.

Na segunda-feira, começou a enviar cartas a cerca de 15 países, como o Japão e a Coreia do Sul, com valores que, nalguns casos, mantêm a percentagem fixada no início de abril, mas noutros aumentam ou reduzem-na.

Hoje, anunciou que vai impor tarifas de 20% às importações das Filipinas e taxas entre 25 e 30% ao Brunei, Moldávia, Argélia, Iraque e Líbia.

No caso do Brasil, o valor ainda não foi anunciado, mas surge na sequência da Cimeira de chefes de Estado e Governo dos BRICS (reunião que foi presidente pelo Brasil) e na qual os membros das economias emergentes terem criticado as sanções económicas unilaterais.

Após essa declaração, Trump ameaçou impor uma tarifa aduaneira adicional de 10% aos países que "alinharem" com o bloco e de seguida posicionou-se a favor do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, rival de Lula da Silva nas eleições de 2022.

Em resposta, a presidência brasileira frisou que o país não aceita "interferência ou tutela de quem quer que seja", depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que o Brasil está a fazer "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro.

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja", lê-se numa nota à imprensa assinada pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva.

"Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito", acrescentou o chefe de Estado brasileiro

Já hoje, depois de uma nota de apoio da embaixada dos Estados Unidos em Brasília ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro convocou o mais alto representante norte-americano no país.

Leia Também: "Campanha de Albanese contra EUA e Israel não será mais tolerada"

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