Wall Street fecha sem rumo, mais pressionada pelas tarifas dos EUA

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em terreno misto, pressionada pela implementação de uma onda de novas tarifas norte-americanas impostas pelo Presidente Donald Trump, embora o setor tecnológico tenha dado sinais de otimismo.

NYSE opens as global markets continue to plunge in wake of Trump's tariffs

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Lusa
07/08/2025 22:50 ‧ há 2 horas por Lusa

Economia

Mercado

Os resultados definitivos da sessão indicam que, após uma abertura em alta, o índice seletivo Dow Jones perdeu 0,51% e o abrangente S&P 500 recuou 0,08%.

 

Apenas o índice tecnológico Nasdaq (+0,35%) resistiu a esta queda, atingindo um novo máximo de 21.242,70 pontos.

"Parece que desapareceu tudo em uníssono após os máximos atingidos no início da sessão" devido à "exaustão dos investidores", frisou Patrick O'Hare, do Briefing.com, à agência France-Presse (AFP).

Entre os investidores, alguns estão "um pouco preocupados com o excesso de confiança do mercado em relação às tarifas", acrescentou o analista.

Desde hoje, sobretaxas entre 15% e 41% substituíram as tarifas de 10% introduzidas em abril para os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, que se mantêm em vigor para mais de uma centena de países.

Segundo o chefe de Estado norte-americano, o objetivo é reequilibrar o comércio entre os Estados Unidos e os seus parceiros, que, segundo Trump, beneficiam da principal potência económica mundial.

Apesar da subida verificada no mercado bolsista norte-americano nos últimos meses e da conquista de novos recordes pelo S&P 500 e pelo Nasdaq, a questão comercial "ainda pesa no mercado, que se interroga sobre o que poderá significar para a inflação e para os lucros", assegurou Patrick O'Hare.

A inflação nos Estados Unidos voltou a subir em junho, e vários indicadores, sobretudo os do mercado de trabalho, já apontam para uma desaceleração da economia norte-americana.

Para além das sobretaxas tarifárias generalizadas, Donald Trump implementou ou planeou uma série de tarifas setoriais específicas para o aço, o alumínio, os automóveis e os produtos farmacêuticos.

"No geral, o mercado continua a operar com a premissa de que as negociações vão continuar e que estas tarifas mais elevadas para muitos destes países acabarão por diminuir", sublinhou Patrick O'Hare.

Os investidores, por exemplo, acolheram favoravelmente o anúncio de Donald Trump de isenções significativas que deverão aplicar-se às futuras tarifas de 100% sobre chips e semicondutores.

Em termos de indicadores, os pedidos semanais de subsídio de desemprego aumentaram para 226.000, superando as expectativas dos analistas de 221.000.

No âmbito empresarial, a empresa espacial norte-americana Firefly Aerospace foi 'aclamada' no seu primeiro dia na bolsa de valores.

A fabricante de microprocessadores Intel sofreu um revés (-3,14%, para 19,77 dólares) depois de Donald Trump ter pedido a demissão do seu CEO.

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly (-14,14%, para 640,86 dólares) caiu a pique apesar de ter reportado resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre. A empresa anunciou também novos resultados para a sua pílula experimental contra a obesidade.

A aplicação de aprendizagem de línguas Duolingo (+13,75%, para 390,84 dólares) disparou após anunciar uma revisão em alta na sua previsão para o ano fiscal, impulsionada pela crescente utilização de ferramentas relacionadas com a IA.

Leia Também: Taxas dos EUA? "Desanimador". "Todas as guerras comerciais são ruinosas"

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