Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), prevê-se a partir de hoje e nos próximos dias a ocorrência de situações de fraca qualidade do ar generalizada no território do continente, mas que terá maior expressão no interior e Norte do país.
A APA explica ainda que esta situação se deve a "uma progressiva intrusão de massa de ar do norte de África", acrescentando que, adicionalmente, se preveem também "níveis elevados de ozono troposférico", principalmente no interior do país, devido às elevadas temperaturas e transporte de poluentes, nomeadamente dos incêndios.
Os valores de partículas em suspensão e de ozono poderão superar os limites legislados nas regiões mais afetadas, registando-se índices de qualidade do ar médios a fracos, na generalidade do território do continente, acrescenta.
A APA explica ainda que estes poluentes têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados.
A este nível, a Direção-Geral da Saúde já tinha emitido na quarta-feira um aviso, recomendando à população que evite esforços prolongados, limite a atividade física ao ar livre e a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
Os grupos de cidadãos mais vulneráveis, e a população em geral, sempre que seja viável, devem "permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas", sobretudo crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma e do foro cardiovascular, refere a DGS.
Quanto aos doentes crónicos, a DGS diz que devem manter os tratamentos médicos em curso e, em caso de agravamento de sintomas, contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.
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