Uma mulher, de nacionalidade brasileira, suspeita de ter matado os cinco filhos, foi detida na terça-feira em Portugal e ficou em prisão preventiva, estando agora a aguardar a extradição, informou a Polícia Judiciária (PJ) esta quarta-feira.
Em comunicado, a PJ adianta que a suspeita entrou no país em abril deste ano, onde se reuniu com o companheiro e com outro filho menor de ambos.
Tendo em conta as suspeitas que reaem sobre a mulher, "o menor foi sinalizado junto da CPCJ para o devido acompanhamento".
O Correio da Manhã detalha que Gisele Oliveira, de 40 anos, foi detida em Coimbra. A suspeita era alvo de um mandado internacional de captura emitido pela Interpol, no qual era referido que os seus filhos morreram após anos de envenenamento às mãos da mãe.
No comunicado da PJ é também referido que a mulher "é suspeita da prática dos crimes de homicídio e coação, ocorridos entre 2008 e 2013, tendo recorrido à administração intencional e reiterada, de substâncias sedativas que alegadamente provocaram a morte a cinco dos seus filhos menores, sendo que três das vítimas eram filhos em comum com o companheiro, a residir atualmente em Portugal".
De acordo com a Interpol, e conforme confirmam agora as autoridades portuguesas, "todas as situações ocorreram na casa onde a mulher residia e quase sempre à noite". Nessas ocasiões, e "sem a presença de testemunhas", administrava grandes doses de sedativos aos cinco filhos, o que lhes foi causando problemas de saúde ao longo dos anos. Duas das crianças morreram em 2010, duas em 2019 e uma em 2023. Acabou por ser a mãe da suspeita, e avó das crianças, a denunciá-la ao Ministério Público local.
Assim que soube da participação criminal, e antes ainda de ser considerada suspeita, a mulher abandonou o Brasil, no início de 2024. Foi entretanto emitido um mandado internacional de captura.
Gisele Oliveira, que se encontrava agora em Coimbra sem profissão conhecida, segundo o Correio da Manhã, foi detida na terça-feira e presente hoje ao Tribunal da Relação de Coimbra, que decretou prisão preventiva.
A detida vai agora aguardar a extradição no Estabelecimento Prisional de Tires. No país de origem, enfrenta até 154 anos de prisão, de acordo com a imprensa brasileira.
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