"A forma mais rápida de pôr fim à crise humanitária em Gaza é o Hamas render-se e libertar os reféns", escreveu o presidente norte-americano, numa mensagem na sua plataforma Truth Social.
Os comentários de Trump foram escritos enquanto acontece uma visita a Jerusalém do enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, que vai reunir-se com altos funcionários israelitas para discutir a situação na Faixa de Gaza, onde as autoridades locais relatam um aumento de mortes por desnutrição e fome, a maioria crianças.
O Presidente dos Estados Unidos já tinha manifestado a necessidade de colocar um fim ao conflito em Gaza, e Washington disponibilizou-se para mediar negociações indiretas em Doha entre o Hamas e o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
As negociações estão estagnadas, depois de as delegações dos Estados Unidos e de Israel se terem retirado na semana passada, alegando a falta de vontade do Hamas em chegar a uma trégua.
No entanto, na segunda-feira, Trump afirmou que admite um cessar-fogo e reconheceu que há fome em Gaza porque vê "crianças a morrer de fome" na televisão.
O Presidente norte-americano terá enviado Witkoff para investigar a situação humanitária em Gaza e decidir como entregar mais ajuda aos civis.
Durante esta deslocação, o enviado especial dos Estados Unidos deverá visitar um dos pontos de distribuição de alimentos da controversa Fundação Humanitária de Gaza, estrutura apoiada por Israel e Washington.
A distribuição de ajuda por esta fundação é considerada por várias organizações não-governamentais (ONG) e pela ONU como insuficiente e tem sido marcada por episódios de desespero, caos e de violência por parte das forças israelitas.
Mais de mil pessoas foram mortas e vários outros milhares sofreram ferimentos enquanto tentavam obter comida.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 140 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
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