Presidente da entidade sérvia da Bósnia condenado a 1 ano de prisão

O Tribunal de Recurso da Bósnia-Herzegovina confirmou hoje a sentença de um ano de prisão para o líder político sérvio-bósnio Milorad Dodik por incumprimento do acordo de paz firmado em 1995. 

'We Stand for Serbia' rally in Belgrade

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Lusa
01/08/2025 12:23 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Milorad Dodik

Além da pena de cadeia Dodik fica proibido de exercer cargos públicos por incumprimento das decisões do Alto Representante para a Cooperação Internacional, responsável pela execução do acordo de paz que pôs fim à guerra na Bósnia-Herzegovina.

 

Dodik, Presidente de longa data da entidade sérvia-bósnia (Republika Srpska, RS), foi considerado culpado pela promulgação de duas leis em julho de 2024, adotadas pelo Parlamento de Serajevo.

A legislação que Dodik fez aprovar no Parlamento proíbe a implementação das decisões do Alto Representante e das sentenças do Tribunal Constitucional da Bósnia no território da entidade sérvia.

"A cópia escrita da sentença foi enviada às partes a 01 de agosto de 2025, não cabendo recurso deste mesmo veredicto", declarou hoje o Tribunal de Recurso em comunicado.

A condenação de Milorad Dodik é inédita na Bósnia, um país dividido em duas entidades desde o final da guerra que se prolongou entre 1992 e 1995: uma sérvia e outra bósnio-croata, e cuja prática política e legislação são supervisionadas por um Alto Representante Internacional.

O cargo de Alto Representante Internacional é atualmente desempenhado pelo alemão Christian Schmidt.

Imediatamente após a sentença de primeira instância, Milorad Dodik --- que não compareceu no Tribunal de Sarajevo para ouvir o veredicto --- reuniu milhares de apoiantes em Banja Luka (norte), capital da República Sérvia.

Na altura, os manifestantes rejeitaram o veredicto, alegando que Dodik não era culpado.

Em resposta a esse veredicto, Dodik instou o Parlamento da entidade sérvia a aprovar uma lei que proíba a polícia central e o sistema judicial do país de operar na República Sérvia e pediu que aos cidadãos de origem sérvia que trabalham nestas instituições a abandonarem as funções.

Esta reação já levou à abertura de um outro inquérito pelo Ministério Público, desta vez por "atentado à ordem constitucional".

Leia Também: Sérvia suspende diálogo com Kosovo até libertação de responsável sérvio

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