"Estamos surpreendidos e desapontados com estas sanções. Não compreendemos que os Estados Unidos continuem a menosprezar os esforços da comunidade internacional pela paz. A questão palestiniana é uma questão em que devem prevalecer a equidade e a justiça", afirmou o porta-voz dos Negócios Estrangeiros Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Guo acrescentou que os Estados Unidos devem "ser responsáveis e implementar as resoluções das Nações Unidas e envidar esforços para alcançar uma solução adequada para esta questão, em vez de fazer o contrário".
O porta-voz reiterou que Pequim continuará a trabalhar com a comunidade internacional "para pôr fim ao conflito em Gaza, aliviar a crise humanitária e avançar para a implementação do quadro dos dois Estados".
O Departamento de Estado dos EUA indicou na quinta-feira num comunicado que "é do interesse da segurança nacional dos EUA impor consequências e responsabilizar a Organização para a Libertação da Palestina e a Autoridade Nacional Palestina por não cumprirem os seus compromissos e minarem as perspetivas de paz".
"Além disso, (ambas as entidades) continuam a apoiar o terrorismo -- incluindo a glorificação da violência, especialmente nos livros escolares -- e a conceder pagamentos e benefícios em apoio a atividades terroristas a palestinianos envolvidos em terrorismo e às suas famílias", lê-se no comunicado.
O anúncio das sanções surge no meio de uma crescente pressão internacional sobre Israel para melhorar as condições na Faixa de Gaza, que atravessa uma grave crise humanitária e onde, nos últimos dias, as autoridades locais denunciaram um pico de mortes relacionadas com a fome.
França, Reino Unido e Canadá, entre outros países, expressaram a sua decisão de reconhecer um Estado palestino perante a ONU em resposta à situação, anúncios que foram recebidos com fortes críticas do governo israelita, que considera essa medida um "apoio ao Hamas".
O presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu na quinta-feira que a maneira "mais rápida" de pôr fim à crise em Gaza é a rendição do grupo islamista palestino e a devolução dos reféns israelitas que mantém em seu poder.
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