Em comunicado, o alemão Bernd Lange (dos Socialistas & Democratas, centro-esquerda) defendeu que o acordo, alcançado no domingo, entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "coloca em andamento assimetrias".
"Os defensores do acordo entre a UE e os EUA dirão que o pior foi evitado, que o acordo cria estabilidade para a maior relação comercial do mundo, que a assegura a competitividade da UE e que providencia cooperação além das relações comerciais. Espero que estejam certos. Qual é o preço que vamos pagar por este acordo?", questionou Bernd Lange.
Ainda há "muitas questões" sobre o acordo e é preciso ter ter a certeza de que a instituição europeia não perdeu poderes legislativos, acrescentou.
O acordo comercial entre a UE e os EUA, alcançado no domingo, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.
O acordo prevê também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros) -- visando nomeadamente substituir o gás russo -, o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.
Os EUA e os países da UE trocam diariamente cerca de 4,4 mil milhões de euros em bens e serviços.
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