"Este tratado servirá para consolidar o desenvolvimento de um tipo de submarino que operaremos em conjunto. É um tratado com uma vigência de 50 anos", explicou o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, após uma reunião com o seu homólogo britânico, John Healey, em Geelong, Victoria, Austrália.
Citado pela agência EFE, John Healey referiu que "é um tratado para construir os submarinos de ataque mais avançados e potentes que as nossas nações já tiveram. É um tratado que fortalecerá o Indo-Pacífico e a NATO".
Um comunicado assinado por ambos os países e publicado pelo Ministério da Defesa da Austrália explica que o Tratado de Geelong facilitará "uma cooperação integral na conceção, construção, operação e manutenção" dos submarinos de propulsão nuclear que Camberra deverá dispor ao abrigo do pacto AUKUS.
AUKUS é a aliança criada em 2021 pela Austrália, Reino Unido e EUA para contrariar a China no Indo-Pacífico através da cooperação em tecnologias de defesa avançadas, como sistemas submarinos e vigilância de longa distância.
O ponto-chave deste pacto trilateral é a aquisição por parte de Camberra de submarinos movidos a reatores nucleares, desenvolvidos no país austral com tecnologia e conhecimentos americanos e britânicos.
Este tipo de submarinos permite que as Marinhas operem com menor probabilidade de serem descobertas e durante longos períodos de tempo, uma vez que a frequência com que precisam de ser reabastecidos é inferior à dos modelos convencionais, como os diesel-elétricos.
Em junho, fontes do Pentágono confirmaram à imprensa que o pacto AUKUS estava a ser revisto pelo governo de Donald Trump para determinar se esta aliança impulsionada pela administração do ex-presidente Joe Biden está alinhada com a agenda "America First" do atual líder.
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