Polónia retira embaixador na Hungria

A Polónia retirou o embaixador na Hungria, depois de as autoridades húngaras terem concedido o estatuto de refugiado ao antigo vice-ministro da Justiça, procurado por corrupção, anunciou hoje o Governo polaco.

Varsóvia, Polónia, Bandeira,

© STR/NurPhoto via Getty Images

Lusa
17/07/2025 14:04 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Polónia

As relações entre a Polónia e a Hungria, ambos membros da UE, deterioraram-se fortemente desde a derrota nas eleições legislativas de outubro de 2023 na Polónia do partido nacionalista Direito e Justiça (PiS), do qual Viktor Orbán era próximo, e a chegada ao poder em Varsóvia das forças pró-europeias lideradas por Donald Tusk.

 

O embaixador polaco em Budapeste já tinha sido chamado de volta a Varsóvia em dezembro para consultas. Segundo Varsóvia, o diplomata "concluiu o mandato a 15 de julho".

A decisão surge na sequência do "gesto hostil para com a República da Polónia, nomeadamente a concessão de asilo político ao antigo vice-ministro Marcin Romanowski, procurado por atos criminosos", precisa o Governo de Varsóvia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco não precisou se vai enviar um novo embaixador para Budapeste.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Levente Magyar, lamentou a decisão de Varsóvia e disse esperar tratar-se de uma situação temporária, numa publicação divulgada na quarta-feira, na rede social Facebook.

"Este passo lamentável é o resultado de uma deterioração progressiva das nossas relações políticas, uma decisão sem precedentes na história das nossas relações com qualquer parceiro da Europa Central. Consideramos, porém, tratar-se de uma situação temporária. Apesar dos atuais desacordos políticos, continuamos abertos ao diálogo e esperamos que dias melhores voltem para a aliança entre os dois países", escreveu.

Romanowski, membro do PiS, é acusado de várias infrações pela justiça polaca, nomeadamente uma tentativa de desvio de cerca de 40 milhões de euros de um fundo, que supervisionava, destinado às vítimas da criminalidade.

Procurado ao abrigo de um mandado de detenção europeu, o político desapareceu no início de dezembro, depois de a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) ter revogado a imunidade e um tribunal ter ordenado a detenção.

Para conceder o asilo, a Hungria considerou não existirem havia garantias de que o caso fosse "tratado de forma imparcial e livre de qualquer influência política no país de origem".

Leia Também: "Ucrânia colocou agentes dos serviços secretos na Hungria"

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