"Tencionamos apresentar candidatura brasileira à presidência de turno da CPLP no biénio 2027-2029", disse à Lusa, numa resposta por escrito, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, Secretário de África e de Oriente Médio do Ministério de Relações Exteriores, que chefia a delegação brasileira na XV Cimeira da CPLP.
Por essa razão, frisou o embaixador, o Brasil espera "contar com o apoio dos demais Estados-membros para ocupar essa honrosa função".
O embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte recordou os laços históricos que o país mantém com os país africanos de língua portuguesa, com uma língua partilhada que favorece "o adensamento das agendas políticas, culturais, de cooperação, económicas, comerciais e consulares, entre outras" e ao mesmo tempo, tendo reconhecido "a independência dessas nações", numa "demonstração inequívoca da rejeição do colonialismo".
"Os países de língua portuguesa estão entre os principais parceiros de programas de cooperação técnica promovidos pelo Brasil, abrangendo áreas como saúde, agricultura, educação e formação profissional", frisou.
A Guiné-Bissau assume agora a presidência da organização durante dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe.
A Cimeira dos chefes de Estado e de Governo está agendada para esta sexta-feira e foi antecedida por outras iniciativas, como a reunião dos pontos focais, do Conselho de Segurança Alimentar, do Comité de Concertação Permanente, ao nível dos embaixadores, e do Conselho de Ministros, que reúne os chefes da diplomacia dos nove Estados-membros.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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