Netanyahu terá também dito hoje numa chamada telefónica com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o ataque a uma igreja em Gaza foi um "erro" de Israel, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
"Foi um erro os israelitas terem atingido a igreja católica, foi o que o primeiro-ministro disse ao Presidente", afirmou Leavitt.
O exército israelita já tinha hoje admitido e lamentado "os danos causados" à Igreja da Sagrada Família em Gaza, a única paróquia católica, e as vítimas, que as autoridades do enclave estimam até agora em quatro mortos e sete feridos.
Na mesma conferência de imprensa, a Casa Branca destacou o papel dos Estados Unidos no refrear das hostilidades na Síria, após os confrontos que fizeram mais de 500 mortos em poucos dias no sul do país.
"Desde que os Estados Unidos se envolveram no conflito, foi possível provocar um desanuviamento", acrescentando que as autoridades sírias concordaram em "retirar as suas tropas da região onde os confrontos estavam a ter lugar" e que Washington continua "a acompanhar a situação muito ativamente".
O conflito na cidade de Sweida, no sul da Síria, provocou desde domingo pelo menos 516 mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A organização não-governamental (ONG) afirmou que, desde domingo, morreram 243 membros das forças governamentais, 154 civis, incluindo 83 pessoas "sumariamente executadas por membros dos Ministérios da Defesa e do Interior" sírios, 79 combatentes drusos, 18 combatentes beduínos e três membros de tribos beduínas "executados sumariamente por combatentes drusos".
Israel bombardeou posições das forças sírias em Sweida e também fez dois ataques na capital, Damasco, nomeadamente ao quartel-general do exército sírio e ao palácio presidencial.
De acordo com a OSDH pelo menos 15 membros das forças sírias foram mortos em ataques israelitas.
Estes ataques israelitas, alegadamente em apoio aos drusos, foram condenados pelo Governo sírio e pela comunidade internacional.
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