"Israel, usando os drusos como pretexto, estende há dois dias uma ação ilegal à vizinha Síria", afirmou Recep Tayyip Erdogan, acrescentando que "o principal problema da região é a agressão israelita".
Israel lançou ataques à Síria que visaram a cidade de Sweida, no sul do país, e Damasco, alegando serem em defesa dos drusos.
Os ataques em Damasco atingiram o quartel-general do exército sírio e outro junto ao palácio presidencial.
A organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) relatou também pelo menos dois ataques de aviação israelita contra Sweida, de maioria drusa.
Na terça-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que não ia permitir que a Síria se tornasse num "segundo Líbano", momentos depois dos primeiros ataques israelitas em Sweida, onde desde domingo se têm vivido vários confrontos entre beduínos, drusos e as forças de segurança sírias.
Na quarta-feira foi alcançado um cessar-fogo em Sweida, com as forças governamentais a retirarem-se da região.
Hoje, Netanyahu afirmou que a calma alcançada no sul da Síria foi conseguida através da força e "não por pedidos ou súplicas".
"Alcançámos a paz pela força, a tranquilidade pela força, a segurança pela força, em sete frentes", disse o chefe de Governo numa mensagem vídeo, na qual insistiu que Israel não vai permitir que as tropas do novo regime sírio sejam enviadas para o sul de Damasco.
De acordo com o OSDH, desde domingo, morreram 516 pessoas no conflito.
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