Líder da maioria do Senado defende "divulgação completa" de caso Epstein

John Thune, líder da Maioria do Senado norte-americano, demonstrou, na quinta-feira, que apoiava a "divulgação completa" dos arquivos relacionados com os 'Ficheiros Epstein', tendo defendido a "transparência em torno do caso".

John Thune, Senado, EUA,

© Bill Clark/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Maria Gouveia
17/07/2025 20:29 ‧ há 4 horas por Maria Gouveia

Mundo

Estados Unidos

O líder da Maioria do Senado norte-americano, John Thune, demonstrou, na quinta-feira, que apoiava a "divulgação completa" dos arquivos relacionados com os 'Ficheiros Epstein'.

 

"Em algum momento terá de haver uma resolução. Estamos todos interessados em que justiça seja feita e que haja uma total divulgação e transparência em torno do caso", afirmou Thune.

O líder da Maioria do Senado disse, no entanto, que tanto o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, assim com a procuradora Pam Bondi "tomarão as decisões certas". Ainda assim, destacou que acredita "sempre na transparência".

Também o presidente da Câmara dos Representantes tem partilhado da mesma opinião, dizendo que apoia a "transparência" em relação à investigação do governo a Jeffrey Epstein.

"É um assunto delicado, mas devemos colocar tudo em cima da mesa e deixar as pessoas decidir", salientou, na terça-feira, durante um podcast.

De acordo com o New York Post, a maioria dos americanos tem desaprovado o tratamento que a administração de Trump tem dado a este assunto.

O que está em causa?

Donald Trump tem-se mostrado impaciente quanto ao assunto Epstein, tendo já pedido para que deixem a procuradora Pam Bondi "fazer o seu trabalho" e considerando que ela decidirá o que tornar público.

Figuras próximas do movimento MAGA ['Make America Great Again', 'Engrandecer de Novo a América', o principal 'slogan' de Trump] têm feito campanha há vários anos para exigir a divulgação de documentos alegadamente retidos pelo governo.

Apoiantes de Trump criticam ausência de lista de clientes de Epstein

Apoiantes de Trump criticam ausência de lista de clientes de Epstein

Várias figuras mediáticas norte-americanas pró-Donald Trump reagiram com indignação à investigação governamental que concluiu que o financeiro Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de crianças, não mantinha uma "lista de clientes" que chantageava.

Lusa | 00:01 - 09/07/2025

Quando Donald Trump regressou ao poder, em janeiro, a sua administração prometeu revelar este caso que considerou repugnante.

Mas, num memorando conjunto publicado em 7 de julho, o Departamento de Justiça e o FBI (polícia federal) rejeitaram a teoria de que Jeffrey Epstein teria sido assassinado na prisão e confirmaram o seu suicídio.

Referiram ainda que não descobriram qualquer lista dos seus clientes durante uma análise completa de todo o caso.

O comunicado desencadeou uma onda de mensagens nas redes sociais provenientes de contas 'MAGA', a criticarem a decisão.

O conservador Tucker Carlson, antigo pivot da estação Fox News, acusou o Departamento de Justiça de querer abafar a verdade e "insultar o público".

Já no sábado, na sua plataforma Truth Social, Donald Trump apelou aos seus apoiantes para não "perderem tempo e energia com Jeffrey Epstein, com quem ninguém se preocupa", mas, excecionalmente, a publicação recebeu comentários contra.

O caso Epstein

Jeffrey Epstein foi preso no dia 6 de julho de 2019, pelo crime de tráfico sexual com menores de 14 anos, e apareceu morto no dia 10 de agosto na cela. 

O norte-americano estava acusado, pela procuradoria do distrito sul de Manhattan, de controlar um esquema de tráfico sexual e abuso sexual de menores, tendo alegadamente criado uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque e numa outra situada na Florida.

Na semana passada, os investigadores confirmaram a morte de Epstein por suicídio numa prisão de Nova Iorque em 2019, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Trata-se da primeira negação oficial sobre uma alegada lista de personalidades influentes associadas a Epstein e um possível assassinato para o silenciar.

Leia Também: Trump diagnosticado com insuficiência venosa: "Benigna e comum"

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