Irão? UE sanciona mais pessoas por violações dos direitos humanos

O Conselho da União Europeia adotou hoje sanções contra mais oito pessoas e uma entidade por violações dos direitos humanos e abusos em nome de organismos estatais no Irão, nomeadamente execuções e assassinatos extrajudiciais e desaparecimento forçado de opositores.

uniao europeia, bandeira, UE

© Reuters

Lusa
15/07/2025 17:22 ‧ há 7 horas por Lusa

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A decisão, hoje divulgada, visou responder especificamente às ações dos organismos estatais iranianos contra indivíduos considerados opositores ou críticos das ações ou políticas do regime dos 'ayatollahs'.

 

As sanções foram adotadas como confirmação das "preocupações da União Europeia (UE) relativamente à repressão transnacional por parte dos organismos estatais iranianos através da utilização de agentes por procuração", indicou a instituição que junta os Estados-membros do bloco comunitário, num comunicado.

Esta tática envolve, em particular, "criminosos e redes de crime organizado que visam dissidentes e defensores dos direitos humanos em todo o mundo, incluindo em território da UE", apontou a mesma nota informativa.

A lista hoje divulgada inclui a Rede Zindashti, um grupo criminoso ligado ao Ministério dos Serviços de Informações e de Segurança do Irão, "que realizou inúmeros atos de repressão transnacional, incluindo assassinatos de dissidentes iranianos e pessoas que criticavam as ações ou políticas da República Islâmica do Irão", especificou o Conselho da UE.

Da lista de sancionados consta também o chefe desta rede, Naji Ibrahim Sharifi-Zindashti -- um reconhecido narcotraficante iraniano --, além de alguns dos seus associados criminosos: Abdulvahap Kocak, Ali Esfanjani, Ali Kocak, Ekrem Oztunc e Nihat Asan, que estiveram envolvidos, nomeadamente, nos assassinatos do dissidente iraniano Mas'ud Molavi Vardanjani e do proprietário da televisão iraniana Gem, Saeed Karimian.

Bruxelas decidiu também impor medidas sancionatórias a Mohammed Ansari, líder da Unidade 840 da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, que ordenou o assassinato de jornalistas críticos do regime de Teerão, e a Reza Hamidiravari, oficial de informações ao serviço do Ministério da Segurança Nacional.

Com estas sanções, os visados ficam sujeitos ao congelamento de bens, não podendo receber fundos ou recursos económicos direta ou indiretamente. Além disso, também não podem viajar para o espaço da UE.

A UE manifesta o seu apoio à "aspiração fundamental do povo iraniano por um futuro em que os seus direitos humanos universais e liberdades fundamentais sejam respeitados, protegidos e cumpridos", indicou ainda o comunicado do bloco.

O Regime Global de Sanções em matéria de Direitos Humanos da UE, estabelecido a 07 de dezembro de 2020, permite visar indivíduos, entidades e organismos -- incluindo atores estatais e não estatais -- responsáveis, envolvidos ou associados a graves violações e abusos dos direitos humanos em todo o mundo.

Leia Também: Irão não negoceia se EUA impedirem enriquecimento de urânio

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